As Boas Novas Segundo Lucas 8:1-56
Notas de rodapé
Notas de estudo
pregar: A palavra grega traduzida como “pregar” tem o sentido básico de “proclamar como um mensageiro público”. A palavra enfatiza como a proclamação é feita: geralmente de modo público, aberto, para todos ouvirem, em vez de um simples sermão para um grupo.
pregando: Veja a nota de estudo em Mt 3:1.
Maria, que era chamada Madalena: Essa Maria, muitas vezes chamada de Maria Madalena, é mencionada pela primeira vez no Evangelho de Lucas neste relato sobre o segundo ano do ministério de Jesus. O nome Madalena (que significa “de Magdala; pertencente a Magdala”) provavelmente vem do nome da cidade de Magdala e servia para diferenciá-la de outras Marias. Essa cidade ficava na margem oeste do mar da Galileia, mais ou menos no meio do caminho entre Cafarnaum e Tiberíades. Alguns sugerem que Maria nasceu em Magdala ou que morava ali. Todas as outras vezes em que Maria Madalena é mencionada na Bíblia estão ligadas à morte e ressurreição de Jesus. — Mt 27:55, 56, 61; Mr 15:40; Lu 24:10; Jo 19:25.
serve: Ou: “ministra”. O verbo grego usado aqui é diakonéo. O substantivo relacionado, diákonos (ministro; servo), se refere a alguém que presta serviço a outros de modo humilde e perseverante. A Bíblia usa a palavra diákonos para descrever Jesus (Ro 15:8); os ministros (ou servos) de Cristo, tanto homens como mulheres (Ro 16:1; 1Co 3:5-7; Col 1:23); e os servos ministeriais (Fil 1:1; 1Ti 3:8). A palavra também é usada para se referir a servos domésticos (Jo 2:5, 9) e a autoridades do governo (Ro 13:4).
Joana: Forma feminina mais curta do nome hebraico Jeoanã, que significa “Jeová mostrou favor; Jeová foi bondoso”. Joana, uma das mulheres que foram curadas por Jesus, só é mencionada duas vezes nas Escrituras Gregas Cristãs, as duas vezes no Evangelho de Lucas. — Lu 24:10.
Cuza: Ele era encarregado, ou administrador, da casa de Herodes Antipas, o que possivelmente envolvia supervisionar assuntos domésticos.
ajudavam a eles: Ou: “apoiavam a eles; faziam provisões para eles”. A palavra grega diakonéo pode se referir a cuidar do bem-estar de outros por obter, preparar e servir alimentos, entre outras coisas. Ela é usada com um sentido parecido em Lu 10:40 (“cuidar das coisas”), Lu 12:37; 17:8 (‘servir’) e At 6:2 (“servir alimento”), mas também pode se referir a qualquer outro serviço de natureza pessoal. Aqui, a palavra diakonéo é usada para descrever como as mulheres mencionadas nos versículos 2 e 3 apoiavam Jesus e seus discípulos, ajudando-os a cumprir a designação que tinham recebido de Deus. Ao fazer isso, aquelas mulheres davam honra a Jeová. E Jeová mostrou que valorizava a bondade e a generosidade delas fazendo com que os escritores da Bíblia registrassem o que elas fizeram, para que as futuras gerações pudessem ler. (Pr 19:17; He 6:10) Os textos de Mt 27:55 e Mr 15:41 também usam essa palavra para falar da ajuda que algumas mulheres davam a Jesus. — Para informações sobre o substantivo relacionado, diákonos, veja a nota de estudo em Lu 22:26.
ilustrações: Ou: “parábolas”. A palavra grega parabolé significa literalmente “colocar ao lado (junto)”, e pode se referir a uma parábola, um provérbio ou uma comparação. Jesus muitas vezes explicava uma coisa por ‘colocá-la ao lado’ de algo, ou seja, por compará-la com outra coisa parecida. (Mr 4:30) As ilustrações de Jesus eram curtas, e muitas vezes eram histórias fictícias que ensinavam uma lição de moral ou uma verdade espiritual.
uma ilustração: Veja a nota de estudo em Mt 13:3.
solo rochoso: Jesus não estava falando aqui de um terreno com muitas pedras espalhadas. Ele se referia a uma camada de rocha com pouca terra por cima para a semente brotar. O relato paralelo em Lu 8:6 menciona que as sementes “caíram sobre a rocha”. Em terrenos assim, as raízes das sementes não conseguem ir muito fundo no solo. Por isso, não conseguem a umidade que precisam.
sobre a rocha: Veja a nota de estudo em Mt 13:5.
entre os espinhos: Pelo visto, Jesus não estava falando aqui de espinheiros crescidos, mas de plantas daninhas com espinhos que não foram removidas depois de se arar o solo. Quando as plantas daninhas crescessem, sufocariam as sementes que foram plantadas.
entre os espinhos: Veja a nota de estudo em Mt 13:7.
segredos sagrados: A palavra grega mystérion, que aparece aqui no plural, foi traduzida 25 vezes na Tradução do Novo Mundo como “segredo(s) sagrado(s)”. Essa expressão se refere a detalhes do propósito de Deus que são mantidos em segredo até que ele decida torná-los conhecidos. Daí, esses detalhes são completamente revelados, mas apenas para quem Deus escolhe dar entendimento. (Col 1:25, 26) Depois disso, eles são proclamados para o maior número de pessoas possível. Isso fica claro pelo uso que a Bíblia faz de expressões como “declarar”, “fazer saber”, “pregar”, “revelação” e “revelado” junto com a expressão “segredo sagrado”. (1Co 2:1; Ef 1:9; 3:3; Col 1:25, 26; 4:3) O principal “segredo sagrado de Deus” tem a ver com a identificação de Jesus como o “descendente” prometido, ou Messias. (Col 2:2; Gên 3:15) Mas dentro desse segredo sagrado também há muitos detalhes, incluindo o papel de Jesus no propósito de Deus. (Col 4:3) Neste versículo, Jesus mostrou que “os segredos sagrados” também estão ligados ao Reino dos céus, ou “Reino de Deus”, o governo celestial que tem Jesus como Rei. (Mr 4:11; Lu 8:10; veja a nota de estudo em Mt 3:2.) As Escrituras Gregas Cristãs usam a palavra mystérion de maneira diferente das antigas religiões místicas. Essas religiões com frequência se baseavam em cultos de fertilidade, que se tornaram comuns durante o século 1 d.C. Elas diziam que, por meio de rituais místicos, seus fiéis receberiam imortalidade e revelações divinas e se aproximariam dos deuses. Os “segredos” que as pessoas aprendiam nessas religiões obviamente não se baseavam na verdade. Ao se tornar um membro de uma religião mística, a pessoa se comprometia a não revelar os segredos que aprendesse, ajudando a manter o mistério sobre suas práticas. Isso era bem diferente do que acontecia com os segredos sagrados que os cristãos aprendiam e que eram declarados abertamente. Na Tradução do Novo Mundo, quando o contexto se relaciona com a religião falsa, a palavra mystérion é traduzida como “mistério”. — Para ver os três lugares em que a palavra mystérion foi traduzida como “mistério”, veja as notas de estudo em 2Te 2:7; Ap 17:5, 7.
segredos sagrados: Veja a nota de estudo em Mt 13:11.
uma lâmpada: Nos tempos bíblicos, a lâmpada que as pessoas usavam em casa era um pequeno recipiente de barro. Elas colocavam azeite dentro da lâmpada para alimentar a chama.
uma lâmpada: Veja a nota de estudo em Mt 5:15.
irmãos: Ou seja, os meios-irmãos de Jesus. O nome deles aparece em Mt 13:55 e em Mr 6:3. — Para mais informações sobre a palavra “irmão”, veja a nota de estudo em Mt 13:55.
irmãos: Veja a nota de estudo em Mt 12:46.
Minha mãe e meus irmãos: Jesus fez aqui um contraste entre seus irmãos de sangue e seus irmãos espirituais, os discípulos. Pelo visto, alguns dos meios-irmãos de Jesus não tinham fé nele. (Jo 7:5) Jesus mostrou que, por mais que amasse os membros de sua família, o amor que sentia pelos que ouvem a palavra de Deus e a praticam era ainda maior.
a outra margem: Ou seja, a margem leste do mar da Galileia.
uma violenta tempestade: Essa expressão traduz três palavras gregas que poderiam ser traduzidas literalmente como “um grande furacão de vento”. (Veja a nota de estudo em Mt 8:24.) Visto que Marcos não estava presente naquela ocasião, essa descrição da força da tempestade e outros detalhes mencionados nesse relato talvez indiquem que foi Pedro quem contou para Marcos o que aconteceu. — Para mais informações sobre a contribuição de Pedro para o Evangelho de Marcos, veja a “Introdução a Marcos”.
uma violenta tempestade: Essa expressão, que em grego é formada por duas palavras, poderia ser traduzida literalmente como “um furacão de vento”. (Veja a nota de estudo em Mr 4:37.) Tempestades assim são comuns no mar da Galileia. A superfície desse lago fica uns 210 metros abaixo do nível do mar. O ar sobre ele é mais quente do que o ar das planícies e montes que ficam em volta. Essa diferença de temperatura causa perturbações atmosféricas e ventos fortes que, de uma hora para outra, podem levantar grandes ondas.
região dos gadarenos: Uma região na outra margem (a margem leste) do mar da Galileia. Muitas moedas da cidade de Gadara têm a imagem de um barco. Isso sugere que a região talvez se estendesse de Gadara até o mar da Galileia, que ficava a uns 10 quilômetros dali. Marcos e Lucas dizem que o local onde Jesus desembarcou ficava na “região dos gerasenos”. (Veja a nota de estudo em Mr 5:1.) É possível que o local fosse considerado parte tanto da “região dos gadarenos” como da “região dos gerasenos”. — Veja “Acontecimentos no mar da Galileia” no Mapa 3B do Apêndice A7-D e o Apêndice B10.
gerasenos: Os relatos sobre esse acontecimento (Mt 8:28-34; Mr 5:1-20; Lu 8:26-39) dão nomes diferentes para o lugar onde isso se passou. Mesmo entre manuscritos bem antigos do mesmo relato há diferenças nos nomes usados. Mas, de acordo com os manuscritos mais confiáveis que estão disponíveis, Mateus usou a palavra “gadarenos” quando escreveu seu relato, ao passo que Marcos e Lucas usaram “gerasenos”. De qualquer modo, conforme explicado na nota de estudo em região dos gerasenos neste versículo, as duas palavras foram usadas para se referir basicamente ao mesmo lugar.
gerasenos: Os relatos sobre esse acontecimento (Mt 8:28-34; Mr 5:1-20; Lu 8:26-39) dão nomes diferentes para o lugar onde isso se passou. Mesmo entre manuscritos bem antigos do mesmo relato há diferenças nos nomes usados. Mas, de acordo com os manuscritos mais confiáveis que estão disponíveis, Mateus usou a palavra “gadarenos” quando escreveu seu relato, ao passo que Marcos e Lucas usaram “gerasenos”. De qualquer modo, conforme explicado na nota de estudo em região dos gerasenos neste versículo, as duas palavras foram usadas para se referir basicamente ao mesmo lugar.
região dos gerasenos: Uma região no lado oposto (a margem leste) do mar da Galileia. Não se sabe ao certo os limites exatos dessa região e o local a que ela corresponderia hoje em dia. Alguns sugerem que a “região dos gerasenos” seja a região em volta de Kursi, perto das encostas íngremes que ficam na margem leste do mar da Galileia. Outros acreditam que ela fosse maior, e começasse na cidade de Gerasa (Jerash), uns 55 quilômetros ao sudeste, se estendendo dali até o mar da Galileia. O texto de Mt 8:28 usa o nome “região dos gadarenos”. (Veja as notas de estudo em Mt 8:28; Mr 5:1.) Embora os Evangelhos usem nomes de regiões diferentes para indicar o local onde Jesus desembarcou, eles se referem basicamente à mesma área na costa leste do mar da Galileia. Esse local talvez fosse considerado parte das duas regiões. Assim, os relatos não entram em contradição. — Veja “Acontecimentos no mar da Galileia” no Mapa 3B do Apêndice A7-D e o Apêndice B10.
gerasenos: Veja a nota de estudo em Mr 5:1.
túmulos: Ou: “túmulos memoriais”. (Veja o Glossário.) Pelo visto, esses túmulos eram cavernas naturais ou câmaras escavadas em rochas e geralmente ficavam fora das cidades. Os judeus evitavam esse tipo de lugar para que não ficassem impuros de acordo com a Lei. Por isso, pessoas loucas ou possessas de demônios gostavam desses lugares isolados.
um homem . . . possesso de demônios: Mateus (8:28) menciona dois homens, mas Marcos (5:2) e Lucas mencionam apenas um. Pelo visto, Marcos e Lucas concentraram seus relatos em apenas um dos homens possessos de demônios porque foi com ele que Jesus falou e porque a situação dele era mais grave. É possível que aquele homem fosse o mais violento ou estivesse sendo controlado por demônios por mais tempo. Também é possível que, depois de os dois homens terem sido curados, apenas um deles quisesse acompanhar Jesus. — Lu 8:37-39.
túmulos: Veja a nota de estudo em Mt 8:28.
O que você quer comigo, . . . ?: Ou: “O que eu tenho a ver com você?” Lit.: “O que para mim e para você?” Essa pergunta retórica é uma expressão idiomática semítica que também é usada nas Escrituras Hebraicas. (Jz 11:12, nota de rodapé; Jos 22:24; 2Sa 16:10; 19:22; 1Rs 17:18; 2Rs 3:13; 2Cr 35:21; Os 14:8) Nas Escrituras Gregas Cristãs, essa expressão semítica foi traduzida literalmente para o grego. (Mt 8:29; Mr 1:24; 5:7; Lu 4:34; 8:28; Jo 2:4) O significado dela depende do contexto. Neste versículo (Mr 5:7), ela é usada para expressar agressividade e rejeição, e alguns tradutores sugerem traduções como: “Me deixe em paz!” ou “Vá embora!” Em outros contextos, a expressão indica apenas que a pessoa não concorda com algo ou que não quer se envolver em uma determinada ação, sem nenhum tom de desprezo, arrogância ou agressividade. — Veja a nota de estudo em Jo 2:4.
carcereiros: A palavra grega basanistés, traduzida aqui como “carcereiros”, tem o sentido básico de “atormentadores; torturadores”. É provável que ela fosse usada para se referir a carcereiros porque muitos deles costumavam torturar cruelmente os prisioneiros. Mas a palavra basanistés passou a ser usada para se referir aos carcereiros em geral, pelo visto porque manter uma pessoa presa — com ou sem tortura — era uma forma de atormentá-la. — Veja a nota de estudo em Mt 8:29.
O que você quer comigo, . . . ?: Veja a nota de estudo em Mr 5:7.
me atormente: A expressão grega usada aqui está relacionada com uma palavra que foi traduzida em Mt 18:34 como “carcereiros”. Assim, quando pediram para Jesus não “atormentá-los”, os demônios pelo visto estavam pedindo para Jesus não prendê-los no “abismo” mencionado em Lu 8:31. — Veja a nota de estudo em Mt 18:34.
Legião: Provavelmente esse não era o nome daquele homem, mas apenas indicava que ele estava possuído por muitos demônios. É possível que o principal daqueles demônios tenha feito o homem dizer que o nome dele era “Legião”. No século 1 d.C., uma legião do exército romano geralmente tinha cerca de 6.000 homens. Isso talvez indique que o número de demônios envolvidos era muito grande. — Veja a nota de estudo em Mt 26:53.
Legião: Veja a nota de estudo em Mr 5:9.
atormentar: A palavra grega usada aqui está relacionada com a palavra que foi traduzida em Mt 18:34 como “carcereiros”. Assim, parece que, quando os demônios perguntaram se Jesus tinha ido lá para ‘atormentá-los’, eles estavam perguntando se Jesus ia prendê-los no “abismo” mencionado no relato paralelo de Lu 8:31.
o abismo: Ou: “o lugar profundo”. A palavra grega ábyssos significa “extremamente profundo” ou “insondável; ilimitado”, e se refere a um lugar ou condição de confinamento ou prisão. Ela é usada nove vezes nas Escrituras Gregas Cristãs: uma vez neste versículo, uma vez em Ro 10:7 e sete vezes em Apocalipse. Em Ap 20:1-3, a Bíblia mostra que Satanás será lançado no abismo e ficará preso ali por 1.000 anos. Pode ser que a legião de demônios estivesse pensando nesse acontecimento futuro quando suplicou que Jesus não a mandasse “para o abismo”. No versículo 28, um dos demônios pediu para Jesus não “atormentá-lo”. O relato paralelo em Mt 8:29 diz que os demônios perguntaram a Jesus: “Veio aqui nos atormentar antes do tempo determinado?” Assim, parece que o ‘tormento’ de que os demônios estavam falando era serem aprisionados ‘no abismo’. — Veja o Glossário e a nota de estudo em Mt 8:29.
porcos: Os porcos eram animais impuros de acordo com a Lei. (Le 11:7) O relato não diz se “os que cuidavam dos porcos” (Lu 8:34) eram judeus que estavam desobedecendo a Lei ou se eram pessoas de outras nações. O que se sabe é que a carne de porco era comercializada na região de Decápolis. Muitos gregos e romanos moravam ali e consideravam a carne de porco uma iguaria.
sempre fale sobre o que Deus fez por você: Jesus geralmente pedia que as pessoas não falassem a outros sobre seus milagres. (Mr 1:44; 3:12; 7:36; Lu 5:14) Mas nessa ocasião ele orientou o homem a contar a seus parentes o que tinha acontecido. Talvez Jesus tenha feito isso porque não pregaria mais naquela região, já que as pessoas dali tinham pedido que ele fosse embora. O bom testemunho daquele homem também serviria para contradizer comentários negativos que talvez surgissem por causa da morte dos porcos.
toda a cidade: O relato paralelo em Mr 5:20 diz “em Decápolis”. Assim, ao que tudo indica, a cidade mencionada aqui ficava na região de Decápolis. — Veja o Glossário, “Decápolis”.
um filho unigênito: A palavra grega monogenés foi traduzida como “unigênito; unigênita” em todas as ocorrências nas edições anteriores da Tradução do Novo Mundo. Ela pode ser definida como “único de sua espécie; sem igual; ímpar”. A Bíblia também usa monogenés com o sentido de “filho único”, e essa palavra pode se referir tanto a filhos como a filhas. (Veja as notas de estudo em Lu 7:12; 8:42; 9:38.) Quando o apóstolo João usa a palavra monogenés, ele está sempre se referindo a Jesus. (Jo 3:16, 18; 1Jo 4:9) Mas ele nunca usa essa palavra para se referir a Jesus durante sua vida humana. Em vez disso, ele usa monogenés para falar da vida que Jesus tinha no céu como o Logos, ou a Palavra, aquele que “estava no princípio com Deus”, mesmo “antes de o mundo existir”. (Jo 1:1, 2; 17:5, 24) Jesus pode ser chamado de “filho unigênito” porque ele foi, não apenas o primeiro Filho de Jeová, mas também o único criado diretamente por ele. Apesar de outras criaturas espirituais também serem chamadas de “filhos do verdadeiro Deus” ou “filhos de Deus” (Gên 6:2, 4; Jó 1:6; 2:1; 38:4-7), Jeová criou todas elas por meio de Jesus, seu Filho primogênito. (Col 1:15, 16). Em resumo, a palavra monogenés se refere tanto a Jesus ser “o único de sua espécie; sem igual; ímpar” como a ele ser o único filho que Jeová criou diretamente, sem a colaboração de mais ninguém. — 1Jo 5:18; veja a nota de estudo em He 11:17.
Filho unigênito: A palavra grega monogenés foi traduzida como “unigênito; unigênita” em todas as ocorrências nas edições anteriores da Tradução do Novo Mundo. Ela pode ser definida como “único de sua espécie; sem igual; ímpar”. Sempre que o apóstolo João usa a palavra monogenés, ele está se referindo a Jesus. (Jo 1:14; 3:18; 1Jo 4:9; veja a nota de estudo em Jo 1:14.) Apesar de outras criaturas espirituais também serem chamadas de “filhos do verdadeiro Deus” ou “filhos de Deus”, Jesus é o único chamado de “Filho unigênito”. (Gên 6:2, 4; Jó 1:6; 2:1; 38:4-7) Jesus é o Filho primogênito de Deus e foi o único criado diretamente por seu Pai. Nesse sentido, ele é ímpar, diferente de todos os outros filhos de Deus. Jeová gerou, ou criou, todos eles por meio de seu Filho primogênito. O apóstolo Paulo usou a palavra monogenés de maneira parecida quando falou de Isaque como o “único filho” de Abraão. (He 11:17) Abraão também era pai de Ismael, por meio de Agar, e teve vários filhos com Quetura. (Gên 16:15; 25:1, 2; 1Cr 1:28, 32) Mas Isaque foi o filho “único”, ou unigênito, em um sentido especial; ele foi o único gerado por meio de uma promessa de Deus e o único filho de Abraão com Sara. — Gên 17:16-19.
única: A palavra grega monogenés foi traduzida como “unigênito; unigênita” em todas as ocorrências nas edições anteriores da Tradução do Novo Mundo. Ela pode ser definida como “único de sua espécie; sem igual; único de uma classe ou espécie; ímpar”. Aqui, ela se refere a uma “filha única”, mas pode ser usada para se referir tanto a filhos como a filhas. Essa mesma palavra grega é usada para falar do filho “único” de uma viúva em Naim e de um menino a quem Jesus curou que era o filho “único” de um homem. (Lu 7:12; 9:38) A Septuaginta usa monogenés para se referir à filha de Jefté em Jz 11:34, que diz: “Ela era sua filha única; além dela, ele não tinha nem filho nem filha.” Nos livros bíblicos que o apóstolo João escreveu, ele usou monogenés cinco vezes ao falar de Jesus. — Para informações sobre o significado desse termo quando usado para se referir a Jesus, veja as notas de estudo em Jo 1:14; 3:16.
fluxo de sangue: Provavelmente uma menstruação contínua. De acordo com a Lei mosaica, esse fluxo de sangue tornava a mulher impura e, por causa disso, ela não devia tocar em ninguém. — Le 15:19-27.
fluxo de sangue: Veja a nota de estudo em Mt 9:20.
Filha: Essa é a única ocasião registrada na Bíblia em que Jesus se dirigiu a uma mulher chamando-a de “filha”. Ele talvez tenha feito isso porque a situação era constrangedora e a mulher estava “tremendo”. (Mr 5:33; Lu 8:47) Essa palavra carinhosa mostra que Jesus se preocupava com a mulher, e não necessariamente quer dizer que ela era jovem.
Vá em paz: Essa expressão idiomática é bastante usada nas Escrituras Gregas e nas Escrituras Hebraicas com o sentido: Que tudo vá bem com você. (Lu 7:50; 8:48; Tg 2:16; veja também 1Sa 1:17; 20:42; 25:35; 29:7; 2Sa 15:9; 2Rs 5:19.) A palavra hebraica que é muitas vezes traduzida como “paz” (shalóhm) é bem abrangente. Ela se refere à ausência de guerra ou conflitos (Jz 4:17; 1Sa 7:14; Ec 3:8) e também pode transmitir a ideia de saúde, segurança (veja as notas de rodapé em 1Sa 25:6; 2Cr 15:5; Jó 5:24), bem-estar (Est 10:3, segunda nota de rodapé) e amizade (Sal 41:9). A palavra grega para “paz” (eiréne) é usada nas Escrituras Gregas Cristãs com esse mesmo sentido abrangente e, além de se referir à ausência de conflitos, pode passar a ideia de bem-estar, salvação e harmonia.
Filha: Veja a nota de estudo em Mr 5:34.
Vá em paz: Veja a nota de estudo em Mr 5:34.
não morreu; ela está dormindo: A Bíblia muitas vezes compara a morte com o sono. (Sal 13:3; Jo 11:11-14; At 7:60; 1Co 7:39; 15:51; 1Te 4:13) Jesus estava prestes a ressuscitar a menina. Assim, ele talvez tenha dito que ela estava dormindo porque ia mostrar que, assim como as pessoas que estão dormindo podem ser acordadas, os mortos podem ser ressuscitados. O poder que Jesus tinha para ressuscitar a menina veio de seu Pai, “aquele que dá vida aos mortos e fala das coisas que não existem como se existissem”. — Ro 4:17.
não morreu; está dormindo: Veja a nota de estudo em Mr 5:39.
entregou seu espírito: Ou: “expirou; deu seu último suspiro; parou de respirar”. A palavra “espírito” (em grego, pneúma) pode ser entendida aqui como se referindo ao “fôlego” ou à “força de vida”. O relato paralelo de Mr 15:37 apoia isso, porque usa o verbo grego ekpnéo (lit.: “expirar; soltar o ar”), que foi traduzido como “morreu” ou, conforme a nota de estudo, “deu seu último suspiro”. Alguns sugerem que o uso da palavra grega traduzida como “entregou” significa que Jesus decidiu parar de lutar pela vida, visto que tudo já estava “consumado”, ou terminado. (Jo 19:30) Ele voluntariamente “derramou a sua vida até a morte”. — Is 53:12; Jo 10:11.
o espírito: Ou: “a força de vida; o fôlego”. Neste contexto, a palavra grega pneúma provavelmente se refere à força que mantém vivas todas as criaturas terrestres, ou simplesmente ao fôlego. — Veja a nota de estudo em Mt 27:50.
Mídia

O suporte para lâmpada mostrado aqui (1) foi desenhado com base em peças do século 1 d.C., encontradas em Éfeso e na Itália. Esse tipo de suporte provavelmente era usado em casas de pessoas ricas. Em casas mais pobres, a lâmpada ficava numa abertura na parede (2), era pendurada no teto ou era colocada em cima de um suporte simples de barro ou madeira.

Este desenho se baseia em duas fontes. A primeira são os restos de um barco de pesca do século 1 d.C. que foi encontrado enterrado na lama perto de uma das margens do mar da Galileia. A segunda fonte é um mosaico encontrado numa casa do século 1 d.C., na cidade costeira de Migdal. Esse tipo de barco talvez tivesse um mastro e uma vela (ou velas), e sua tripulação talvez fosse de cinco pessoas — quatro remadores e um timoneiro, que ficava de pé num pequeno convés na popa. O casco do barco tinha aproximadamente 1,25 metro de altura, 8 metros de comprimento e 2,5 metros de largura. Parece que podia transportar 13 homens ou mais. O quadro à direita ajuda a visualizar o tamanho do barco.

Uma seca nos anos de 1985 e 1986 fez com que o nível da água do mar da Galileia baixasse. Isso deixou exposta uma parte do casco de um antigo barco que estava enterrado na lama. Os restos do barco podem ser vistos num museu em Israel. Eles têm 8,2 metros de comprimento, 2,3 metros de largura e 1,3 metro de altura na parte mais alta. Arqueólogos dizem que o barco foi construído entre o século 1 a.C. e o século 1 d.C. Esta animação reconstrói o barco, mostrando como ele talvez fosse quando atravessava o mar da Galileia uns 2.000 anos atrás.

Foi na margem leste do mar da Galileia que Jesus expulsou demônios de dois homens e mandou os demônios para uma manada de porcos.

A mulher ficou com muito medo quando viu que sua ação não passou despercebida. Tremendo, ela confessou que tinha tocado na roupa de Jesus para ser curada de uma doença que já a fazia sofrer por 12 anos. Mas Jesus não a condenou. Em vez disso, com bondade ele disse: “Filha, a sua fé fez você ficar boa. Vá em paz.” (Lu 8:48) Esse milagre aconteceu quando Jesus estava a caminho da casa de Jairo, onde ele realizaria mais um milagre impressionante. (Lu 8:41, 42) Esses exemplos mostram que Jesus tem poder para curar qualquer tipo de doença e que, quando ele estiver reinando sobre a Terra, ninguém mais vai dizer: “Estou doente.” — Is 33:24.