As Boas Novas Segundo Mateus 24:1-51
Notas de rodapé
Notas de estudo
Garanto-vos: Ou: “Digo-vos a verdade.” Em grego, esta frase inclui a palavra amén. É uma transliteração da palavra hebraica ʼamén, que significa “assim seja” ou “com certeza”. Jesus usava muitas vezes essa palavra antes de fazer uma declaração importante, promessa ou profecia. Era uma forma de enfatizar que as suas palavras iam cumprir-se com certeza e que os seus ouvintes podiam confiar nelas. Alguns estudiosos afirmam que não há ninguém que use a palavra amén como Jesus, nem na Bíblia nem em outros livros sagrados. Quando a palavra aparece repetida (amén amén), como acontece várias vezes no Evangelho de João, a expressão é traduzida como “com toda a certeza”. — Veja a nota de estudo em Jo 1:51.
Digo-vos a verdade: Veja a nota de estudo em Mt 5:18.
De modo algum ficará aqui pedra sobre pedra: A profecia de Jesus cumpriu-se de modo impressionante em 70 EC, quando os exércitos de Roma destruíram Jerusalém e o templo. Eles derrubaram tudo o que havia na cidade, e restaram apenas algumas partes da muralha.
fim: Ou: “fim completo”. A palavra grega usada aqui (télos) é diferente da palavra syntéleia, usada em Mt 24:3 e traduzida como “final”. — Veja a nota de estudo em Mt 24:3 e o Glossário, “Final do sistema de coisas”.
fim: Ou: “fim completo; fim definitivo”. — Veja as notas de estudo em Mt 24:3, 6.
monte das Oliveiras: Fica a leste de Jerusalém, do outro lado do vale do Cédron. Por ser um lugar mais alto, dali, Jesus e os discípulos “Pedro, Tiago, João e André” (Mr 13:3, 4) conseguiam ver a cidade e o templo.
presença: A palavra grega parousía (traduzida em muitas Bíblias como “vinda” ou “volta”) significa literalmente “estar ao lado”. Não se refere simplesmente a vir ou chegar, mas, sim, a estar presente durante um período de tempo. Esse sentido de parousía é indicado por Mt 24:37-39, que compara “os dias de Noé [...] antes do dilúvio” com “a presença do Filho do Homem”. Paulo também usou essa palavra grega em Fil 2:12 ao fazer um contraste entre a sua “presença” e a sua “ausência”.
final: Ou: “conclusão”. Tradução da palavra grega syntéleia, que significa “fim conjunto; fim combinado; término simultâneo”. (Mt 13:39, 40, 49; 28:20; He 9:26) Esta palavra refere-se a um período de tempo em que vários eventos aconteceriam juntos, levando ao “fim” completo (em grego, télos) mencionado em Mt 24:6, 14. — Veja as notas de estudo em Mt 24:6, 14 e o Glossário, “Final do sistema de coisas”.
do sistema de coisas: Ou: “da época”. Aqui, a palavra grega aión refere-se a uma situação existente ou a características marcantes de certo período ou época. — Veja o Glossário, “Sistema(s) de coisas”.
o Cristo: Em grego, ho Khristós, título que equivale a “o Messias” (do hebraico mashíahh). Tanto “Cristo” como “Messias” significam “ungido”. O historiador judeu Josefo escreveu que, no primeiro século EC, surgiram homens que afirmavam ser profetas ou libertadores e prometiam acabar com a opressão do Império Romano. Os seguidores desses homens talvez os encarassem como Messias políticos, ou seja, pessoas escolhidas por Deus para trazer liberdade política.
final: Ou: “conclusão”. Tradução da palavra grega syntéleia, que significa “fim conjunto; fim combinado; término simultâneo”. (Mt 13:39, 40, 49; 28:20; He 9:26) Esta palavra refere-se a um período de tempo em que vários eventos aconteceriam juntos, levando ao “fim” completo (em grego, télos) mencionado em Mt 24:6, 14. — Veja as notas de estudo em Mt 24:6, 14 e o Glossário, “Final do sistema de coisas”.
fim: Ou: “fim completo”. A palavra grega usada aqui (télos) é diferente da palavra syntéleia, usada em Mt 24:3 e traduzida como “final”. — Veja a nota de estudo em Mt 24:3 e o Glossário, “Final do sistema de coisas”.
toda a terra habitada [...] todas as nações: As duas expressões destacam o alcance do trabalho de pregação. Em sentido amplo, a palavra grega traduzida como “terra habitada” (oikouméne) refere-se às partes da Terra em que há pessoas a morar. (Lu 4:5; At 17:31; Ro 10:18; Ap 12:9; 16:14) No primeiro século EC, essa palavra também era usada para se referir ao enorme território do Império Romano, por onde os judeus tinham sido espalhados. (Lu 2:1; At 24:5) Já a palavra grega traduzida como “nação” (éthnos), tem o sentido básico de um grupo de pessoas que têm algum tipo de parentesco, próximo ou distante, e que falam a mesma língua. As pessoas que formam uma nação ou grupo étnico, normalmente, moram num território geográfico definido.
nação: A palavra grega usada aqui, éthnos, é muito abrangente. Pode referir-se a pessoas que vivem numa região com limites políticos ou geográficos definidos, como um país. Mas também se pode referir a um grupo étnico. — Veja a nota de estudo em Mt 24:14.
se levantará: Ou: “despertará; será instigada”. A palavra grega usada aqui transmite a ideia de “ir contra com hostilidade” e poderia ser traduzida também como “pegar em armas” ou “ir à guerra”.
dores de aflição: A palavra grega para “dores de aflição” refere-se literalmente às dores muito fortes que uma mulher sente quando está em trabalho de parto. Aqui, essa palavra é usada para se referir, de modo geral, a aflição, dor e sofrimento. No entanto, essa palavra também pode indicar que, assim como as dores de parto, os problemas e o sofrimento vão aumentar em frequência, intensidade e duração antes da grande tribulação mencionada em Mt 24:21.
nome: Refere-se ao nome de Deus, representado pelas quatro letras hebraicas יהוה (YHWH) e, geralmente, traduzido em português como “Jeová”. Na Tradução do Novo Mundo, o nome de Deus aparece 6979 vezes nas Escrituras Hebraicas e 237 vezes nas Escrituras Gregas Cristãs. (Para mais informações sobre o uso do nome de Deus nas Escrituras Gregas Cristãs, veja os Apêndices A5 e C1.) Na Bíblia, a palavra “nome” também pode referir-se à própria pessoa, à sua reputação e a tudo o que ela afirma ser. — Compare com Êx 34:5, 6; Ap 3:4, nota de rodapé.
por causa do meu nome: Na Bíblia, a palavra “nome” pode referir-se à própria pessoa, à sua reputação e a tudo o que ela representa. (Veja a nota de estudo em Mt 6:9.) No caso de Jesus, o nome também envolve a autoridade que ele recebeu de Jeová e a posição que ele ocupa. (Mt 28:18; Fil 2:9, 10; He 1:3, 4) Jesus explicou que as pessoas do mundo fariam coisas contra os seus seguidores por não conhecerem Aquele que o enviou. Conhecer a Deus ajudaria essas pessoas a entenderem e aceitarem o que o nome de Jesus representa. (At 4:12) Isso inclui a posição de Jesus como o Rei dos reis, o Governante escolhido por Deus, a quem todas as pessoas devem sujeitar-se para ganhar a vida. — Jo 17:3; Ap 19:11-16; compare com o Sal 2:7-12.
por causa do meu nome: Na Bíblia, a palavra “nome” pode referir-se à própria pessoa, à sua reputação e a tudo o que ela representa. (Veja a nota de estudo em Mt 6:9.) No caso de Jesus, o nome também envolve a autoridade que ele recebeu de Jeová e a posição que ele ocupa. (Mt 28:18; Fil 2:9, 10; He 1:3, 4) Neste versículo, Jesus explicou que as pessoas odiariam os seus discípulos por causa do que o nome dele representa, ou seja, por causa da posição que ele ocupa como Governante designado por Deus, o Rei dos reis, aquele a quem todas as pessoas devem sujeitar-se para receberem a vida. — Veja a nota de estudo em Jo 15:21.
começaram a tropeçar por causa dele: Ou: “ficaram ofendidos com ele”. Neste contexto, a palavra grega skandalízo refere-se a tropeçar em sentido figurado, e significa “ficar ofendido”. Também poderia ser traduzida aqui como “recusaram-se a acreditar nele”. Em outros contextos, skandalízo inclui a ideia de pecar ou levar alguém a pecar. — Veja a nota de estudo em Mt 5:29.
pedras de tropeço: Estudiosos acreditam que a palavra grega skándalon, traduzida como “pedra de tropeço”, se referia originalmente a uma armadilha. Alguns acham que se referia mais especificamente à parte da armadilha em que se prende o isco. Com o tempo, essa palavra grega começou a ser usada para se referir a qualquer obstáculo que fizesse alguém tropeçar ou cair em sentido literal. Em sentido figurado, skándalon refere-se a uma ação ou situação que leva uma pessoa a fazer algo inapropriado, tropeçar em sentido moral ou, até mesmo, cair no pecado. O texto de Mt 18:8, 9 usa um verbo relacionado (skandalízo), que é traduzido como “fazer tropeçar”. Esse verbo também poderia ser traduzido como “tornar-se uma armadilha; levar ao pecado”.
tropeçarão: Nas Escrituras Gregas Cristãs, a palavra grega skandalízo refere-se a tropeçar em sentido figurado, o que pode incluir pecar ou levar alguém a pecar. De acordo com o uso da palavra na Bíblia, o “tropeço” poderia envolver perder a fé, aceitar ensinos falsos ou desobedecer a uma das leis de moral de Deus. Neste versículo, a palavra skandalízo também poderia ser traduzida como “serão levados a pecar; irão desviar-se da fé”. Também pode ser usada com o sentido de “ficar ofendido”. — Veja as notas de estudo em Mt 13:57; 18:7.
do que é contra a lei: A palavra grega traduzida como ‘o que é contra a lei’ não inclui apenas a ideia de violação das leis, mas também de desprezo por elas; de as pessoas agirem como se não existissem leis. Na Bíblia, essa palavra indica desrespeito pelas leis de Deus. — Mt 7:23; 2Co 6:14; 2Te 2:3-7; 1Jo 3:4.
da maioria: Não se refere apenas a “muitas” pessoas em geral, como algumas Bíblias traduzem, mas à “maioria” das pessoas influenciadas pelos “falsos profetas” e pelo “que é contra a lei”, como diz Mt 24:11, 12.
fim: Ou: “fim completo”. A palavra grega usada aqui (télos) é diferente da palavra syntéleia, usada em Mt 24:3 e traduzida como “final”. — Veja a nota de estudo em Mt 24:3 e o Glossário, “Final do sistema de coisas”.
fim: Ou: “fim completo; fim definitivo”. — Veja as notas de estudo em Mt 24:3, 6.
perseverar: Ou: “persevera”. O verbo grego traduzido como “perseverar” (hypoméno) significa literalmente “permanecer (ficar) em baixo”. Esse verbo é usado muitas vezes no sentido de “ficar em vez de fugir; manter-se firme; permanecer; continuar decidido”. (Mt 10:22; Ro 12:12; He 10:32; Tg 5:11) Neste contexto, “perseverar” significa continuar a agir como discípulos de Cristo apesar de oposição ou dificuldades. — Mt 24:9-12.
fim: Veja as notas de estudo em Mt 24:6, 14.
Reino: Primeira vez que a palavra grega basileía aparece. Refere-se a um governo que tem um rei, e também se pode referir ao território e aos povos governados por um rei. Das 162 vezes em que essa palavra grega aparece nas Escrituras Gregas Cristãs, 55 são no livro de Mateus, e a maioria delas refere-se ao Reino de Deus no céu. Mateus usa basileía tantas vezes que o livro dele poderia ser chamado Evangelho do Reino. — Veja o Glossário, “Reino de Deus”.
as boas novas: Primeira vez que a palavra grega euaggélion aparece. Em algumas Bíblias, é traduzida como “evangelho”. Uma palavra grega relacionada, euaggelistés, que é traduzida como “evangelizador”, significa “proclamador de boas novas (boas notícias)”. — At 21:8; notas de rodapé em Ef 4:11 e 2Ti 4:5.
Reino de Deus: Nas Escrituras Gregas Cristãs, as boas novas estão fortemente ligadas ao Reino de Deus, que era o tema principal do que Jesus pregava e ensinava. A expressão “Reino de Deus” aparece 32 vezes em Lucas, 14 vezes em Marcos e 4 vezes em Mateus. No entanto, Mateus usa a expressão paralela “Reino dos céus” cerca de 30 vezes. — Veja as notas de estudo em Mt 3:2; 24:14; Mr 1:15.
pregar: A palavra grega traduzida como “pregar” tem o sentido básico de “proclamar como um mensageiro público”. A palavra enfatiza como a proclamação é feita: geralmente de modo público, aberto, para todos ouvirem, em vez de um simples sermão para um grupo.
final: Ou: “conclusão”. Tradução da palavra grega syntéleia, que significa “fim conjunto; fim combinado; término simultâneo”. (Mt 13:39, 40, 49; 28:20; He 9:26) Esta palavra refere-se a um período de tempo em que vários eventos aconteceriam juntos, levando ao “fim” completo (em grego, télos) mencionado em Mt 24:6, 14. — Veja as notas de estudo em Mt 24:6, 14 e o Glossário, “Final do sistema de coisas”.
fim: Ou: “fim completo”. A palavra grega usada aqui (télos) é diferente da palavra syntéleia, usada em Mt 24:3 e traduzida como “final”. — Veja a nota de estudo em Mt 24:3 e o Glossário, “Final do sistema de coisas”.
estas boas novas: A palavra grega euaggélion é formada por duas palavras: eu, que significa “bom; bem”, e aggélos, que significa “alguém que traz notícias; alguém que proclama (anuncia)”. (Veja o Glossário.) Em algumas Bíblias em português, essa palavra é traduzida como “evangelho”. Uma palavra relacionada, “evangelizador” (em grego, euaggelistés), significa “proclamador de boas novas (boas notícias)”. — At 21:8; notas de rodapé em Ef 4:11 e 2Ti 4:5.
do Reino: Ou seja, do Reino de Deus. Nas Escrituras Gregas Cristãs, as “boas novas” (veja a nota de estudo em estas boas novas neste versículo) estão diretamente ligadas ao Reino de Deus, que foi o tema da pregação e do ensino de Jesus. — Veja as notas de estudo em Mt 3:2; 4:23; Lu 4:43.
pregadas: Ou: “proclamadas publicamente”. — Veja a nota de estudo em Mt 3:1.
toda a terra habitada [...] todas as nações: As duas expressões destacam o alcance do trabalho de pregação. Em sentido amplo, a palavra grega traduzida como “terra habitada” (oikouméne) refere-se às partes da Terra em que há pessoas a morar. (Lu 4:5; At 17:31; Ro 10:18; Ap 12:9; 16:14) No primeiro século EC, essa palavra também era usada para se referir ao enorme território do Império Romano, por onde os judeus tinham sido espalhados. (Lu 2:1; At 24:5) Já a palavra grega traduzida como “nação” (éthnos), tem o sentido básico de um grupo de pessoas que têm algum tipo de parentesco, próximo ou distante, e que falam a mesma língua. As pessoas que formam uma nação ou grupo étnico, normalmente, moram num território geográfico definido.
em testemunho: A palavra grega martýrion (testemunho) e outras palavras gregas relacionadas referem-se a relatar factos e acontecimentos ligados a um determinado assunto. (Veja a nota de estudo em At 1:8.) Jesus estava a garantir que todas as nações teriam a possibilidade de ouvir as boas novas. Ele estava a predizer que seria dado um testemunho mundial sobre os acontecimentos relacionados com o Reino de Deus, incluindo o que o Reino realizaria. Ele indicou que a obra mundial de pregação sobre o Reino seria uma parte importante do ‘sinal da sua presença’. (Mt 24:3) O facto de Jesus ter dito que todas as nações receberiam esse testemunho significa apenas que teriam a oportunidade de ouvir as boas novas, e não que esse testemunho iria levá-las a converterem-se.
fim: Ou: “fim completo; fim definitivo”. — Veja as notas de estudo em Mt 24:3, 6.
a Festividade da Dedicação: O nome hebraico desta festividade é Hanuká (hhanukkáh), que significa “inauguração; dedicação”. Essa festividade durava oito dias e começava no dia 25 do mês de quisleu, perto do solstício de inverno. (Veja a nota de estudo em inverno neste versículo e o Apêndice B15.) Comemorava a rededicação do templo de Jerusalém, que aconteceu em 165 AEC. O rei sírio Antíoco IV (Epifânio) tinha profanado o templo para demonstrar o seu desprezo por Jeová, o Deus dos judeus. Por exemplo, ele construiu um altar em cima do grande altar de Jeová onde as ofertas queimadas eram feitas diariamente. Em 25 de quisleu de 168 AEC, para profanar completamente o templo de Jeová, Antíoco sacrificou porcos no altar e mandou aspergir em todo o templo o caldo feito com a carne deles. Ele queimou os portões do templo, derrubou as salas dos sacerdotes e levou o altar de ouro, a mesa dos pães da apresentação e o candelabro de ouro. Depois, dedicou o templo de Jeová ao deus pagão Zeus, do Olimpo. Dois anos mais tarde, Judas Macabeu reconquistou a cidade e o templo. O templo foi purificado e, em 25 de quisleu de 165 AEC, foi rededicado. Isso aconteceu exatamente três anos depois de Antíoco ter feito o seu sacrifício repugnante a Zeus no altar do templo. A seguir, as ofertas queimadas voltaram a ser feitas a Jeová diariamente. Nas Escrituras inspiradas, não há nenhuma declaração direta que indique que Jeová tenha dado a vitória a Judas Macabeu e que o tenha orientado a restaurar o templo. No entanto, antes disso, Jeová tinha usado homens de outras nações para realizar a sua vontade em relação à adoração verdadeira, como por exemplo, Ciro, da Pérsia. (Is 45:1) Por isso, é razoável concluir que Jeová pode ter usado um homem do seu povo dedicado para cumprir a sua vontade. As Escrituras mostram que o templo tinha de estar de pé e a funcionar para que se cumprissem as profecias sobre o Messias, sobre o seu ministério e sobre a sua morte sacrificial. Além disso, os sacrifícios especificados na Lei deveriam continuar a ser oferecidos até que o Messias fizesse o maior dos sacrifícios, dar a sua vida a favor da humanidade. (Da 9:27; Jo 2:17; He 9:11-14) Os seguidores de Cristo não receberam a ordem de celebrar a Festividade da Dedicação. (Col 2:16, 17) No entanto, não há registo de que Jesus ou os seus discípulos tenham condenado a celebração dessa festividade.
cidade santa: Refere-se a Jerusalém. É muitas vezes chamada santa porque o templo de Jeová ficava ali. — Ne 11:1; Is 52:1.
a coisa repugnante que causa desolação: O profeta Daniel predisse uma “desolação” e disse que essa desolação estaria ligada a “coisa(s) repugnante(s)”. (Da 9:27; 11:31; 12:11) Neste versículo, Jesus indicou que “a coisa repugnante que causa desolação” ainda estava por vir. Trinta e três anos depois da morte de Jesus, os cristãos presenciaram o primeiro cumprimento dessa profecia quando viram a coisa repugnante estar num lugar santo. O relato paralelo em Lu 21:20 diz: “Quando virem Jerusalém cercada por exércitos acampados, então, saibam que está próxima a sua destruição.” Em 66 EC, exércitos romanos cercaram “a cidade santa”, Jerusalém, que era considerada pelos judeus como um lugar sagrado e era o centro da revolta contra Roma. (Mt 4:5; 27:53) Os cristãos que tinham discernimento reconheceram que o exército romano com as suas bandeiras idólatras era “a coisa repugnante” e que esse era o cumprimento do último sinal para ‘fugirem para os montes’. (Mt 24:15, 16; Lu 19:43, 44; 21:20-22) Depois de os cristãos fugirem, os romanos destruíram, não só a cidade de Jerusalém, mas a nação inteira. A cidade foi destruída em 70 EC, e o último foco de resistência, a fortaleza de Massada, caiu diante dos romanos em 73 EC. (Compare com Da 9:25-27.) Esse primeiro cumprimento da profecia de Jesus aumenta a confiança de que o cumprimento maior dela também ocorrerá, incluindo a parte final, que fala da vinda de Jesus “nas nuvens do céu, com poder e grande glória”. (Mt 24:30) Apesar de Jesus ter afirmado que a profecia de Daniel se cumpriria depois dos seus dias, muitos seguem a tradição judaica e aplicam a profecia de Daniel a um acontecimento anterior. Eles dizem que essas palavras se cumpriram quando o rei sírio Antíoco IV (Epifânio) profanou o templo em Jerusalém em 168 AEC. O rei Antíoco tentou eliminar a adoração de Jeová, chegando a construir um altar em cima do altar de Jeová, onde sacrificou porcos como oferta ao deus pagão Zeus. (Veja a nota de estudo em Jo 10:22.) O livro apócrifo de 1 Macabeus (1:54) tem uma declaração parecida com a de Daniel, associando coisas repugnantes com desolação, e aplica isso ao que aconteceu em 168 AEC. Contudo, tanto a tradição judaica como o relato em 1 Macabeus são interpretações humanas e não foram inspiradas por Deus. Aquilo que Antíoco fez, profanando o templo, foi realmente repugnante, mas não resultou na destruição de Jerusalém, do templo ou da nação judaica.
lugar santo: No primeiro cumprimento desta profecia, refere-se a Jerusalém e ao templo. — Veja a nota de estudo em Mt 4:5.
(que o leitor use de discernimento): É sempre necessário usar de discernimento ao estudar a Bíblia. No entanto, aqui, Jesus parece estar a indicar que o discernimento seria ainda mais necessário para perceber o cumprimento desta parte da profecia de Daniel. Jesus estava a alertar os seus discípulos de que o cumprimento desta profecia ainda estava no futuro. — Veja a nota de estudo em a coisa repugnante que causa desolação neste versículo.
Judeia: Ou seja, a província romana da Judeia.
para os montes: De acordo com o historiador Eusébio, que viveu no quarto século EC, os cristãos da Judeia e de Jerusalém cruzaram o rio Jordão e fugiram para Pela, uma cidade que ficava numa região montanhosa em Decápolis.
no terraço: As casas tinham um terraço que podia ser usado para várias coisas, como por exemplo, armazenar materiais (Jos 2:6), descansar (2Sa 11:2), dormir (1Sa 9:26) e celebrar as festividades religiosas (Ne 8:16-18). É por isso que a Lei mosaica exigia que os terraços tivessem um parapeito. (De 22:8) Normalmente, os terraços tinham uma escada exterior que permitia descer diretamente para a rua, sem ser preciso passar por dentro da casa. Isso ajuda a entender o que Jesus estava a dizer: os seus discípulos precisariam de fugir com a máxima urgência.
no inverno: Nessa estação do ano ocorriam chuvas fortes e inundações, e fazia muito frio. Isso tornava mais difícil viajar e encontrar alimento e abrigo. — Esd 10:9, 13.
no sábado: Em territórios como a Judeia, as restrições relacionadas com a lei do sábado tornavam mais difícil que uma pessoa viajasse grandes distâncias e transportasse cargas. Além disso, os portões das cidades ficavam fechados durante o sábado. — Veja At 1:12 e o Apêndice B12-A.
o Cristo: Em grego, ho Khristós, título que equivale a “o Messias” (do hebraico mashíahh). Tanto “Cristo” como “Messias” significam “ungido”. O historiador judeu Josefo escreveu que, no primeiro século EC, surgiram homens que afirmavam ser profetas ou libertadores e prometiam acabar com a opressão do Império Romano. Os seguidores desses homens talvez os encarassem como Messias políticos, ou seja, pessoas escolhidas por Deus para trazer liberdade política.
falsos cristos: Ou: “falsos messias”. A palavra grega pseudókhristos aparece apenas aqui e no relato paralelo de Mr 13:22. Essa palavra refere-se a qualquer pessoa que diz ser o Cristo, ou o Messias (lit.: “ungido”), mas, na verdade, não é.— Veja a nota de estudo em Mt 24:5.
Vejam!: A palavra grega idoú, que, às vezes, é traduzida como “veja” ou “vejam”, costuma ser usada para chamar a atenção do leitor para o que vai ser dito em seguida. Essa palavra incentiva o leitor a visualizar a cena ou a observar algum detalhe da narrativa. Também é usada para enfatizar algo ou para apresentar algo novo ou surpreendente. Nas Escrituras Gregas Cristãs, os livros de Mateus, Lucas e Apocalipse são os que mais usam essa palavra. Em hebraico existe uma expressão equivalente, e é usada muitas vezes nas Escrituras Hebraicas.
Prestem atenção!: Ou: “Vejam!” Veja a nota de estudo em Mt 1:23.
presença: A palavra grega parousía (traduzida em muitas Bíblias como “vinda” ou “volta”) significa literalmente “estar ao lado”. Não se refere simplesmente a vir ou chegar, mas, sim, a estar presente durante um período de tempo. Esse sentido de parousía é indicado por Mt 24:37-39, que compara “os dias de Noé [...] antes do dilúvio” com “a presença do Filho do Homem”. Paulo também usou essa palavra grega em Fil 2:12 ao fazer um contraste entre a sua “presença” e a sua “ausência”.
Filho do Homem: Ou: “Filho de um Humano”. Esta expressão aparece cerca de 80 vezes nos Evangelhos, e Jesus usava-a para se referir a ele próprio. Pelos vistos, ele queria destacar que era realmente um humano, nascido de uma mulher, e que era um equivalente perfeito de Adão. Assim, ele poderia dar a sua vida para livrar a humanidade do pecado e da morte. (Ro 5:12, 14, 15) A expressão também mostrava que Jesus era o Messias, ou o Cristo. — Da 7:13, 14; veja o Glossário.
presença: Veja a nota de estudo em Mt 24:3.
Filho do Homem: Veja a nota de estudo em Mt 8:20.
o sinal do Filho do Homem: Este sinal não é o mesmo que ‘o sinal da presença de Jesus’, mencionado em Mt 24:3. O sinal do Filho do Homem está relacionado com a ‘vinda’ de Jesus como Juiz para proferir uma sentença e executar julgamento durante a grande tribulação. — Veja a nota de estudo em vir neste versículo.
baterão no peito, com pesar: Ou: “lamentarão”. Nos tempos bíblicos, era costume bater repetidamente no peito para expressar tristeza profunda, culpa ou arrependimento. — Is 32:12; Na 2:7; Lu 23:48.
verão: O verbo grego traduzido como “ver” pode significar literalmente “ver um objeto; olhar; observar”, mas também pode ser usado como uma metáfora com o sentido de “ver com a mente”, ou seja, “entender; perceber”. — Ef 1:18.
vir: Esta é a primeira das oito referências feitas à vinda de Jesus nos capítulos 24 e 25 de Mateus. (Mt 24:42, 44, 46; 25:10, 19, 27, 31) Em todas essas referências, foi usada uma forma do verbo grego érkhomai (vir). Aqui, o verbo tem o sentido de “voltar a atenção para a humanidade” e refere-se, mais especificamente, a Jesus “vir” como Juiz para proferir uma sentença e executar julgamento durante a grande tribulação.
nas nuvens do céu: As nuvens, geralmente, dificultam a visão em vez de a facilitar, mas os observadores ‘veriam’ em sentido figurado, ou seja, entenderiam o significado dos acontecimentos. — At 1:9.
os quatro ventos: Expressão idiomática que se refere aos quatro pontos cardeais (norte, sul, este e oeste) e quer dizer “todas as direções; todos os lugares”. — Je 49:36; Ez 37:9; Da 8:8.
ilustrações: Ou: “parábolas”. A palavra grega parabolé significa literalmente “colocar ao lado (junto)”, e pode referir-se a uma parábola, um provérbio ou uma comparação. Jesus, muitas vezes, explicava uma coisa por ‘colocá-la ao lado’ de algo, ou seja, por compará-la com outra coisa parecida. (Mr 4:30) As ilustrações de Jesus eram curtas, e, muitas vezes, eram histórias fictícias que ensinavam uma lição de moral ou uma verdade espiritual.
ilustração: Ou: “parábola; lição”. — Veja a nota de estudo em Mt 13:3.
ele: Ou seja, o Filho do Homem.
o céu e a terra passarão: Outros textos bíblicos mostram que o céu e a terra literais vão durar para sempre. (Gén 9:16; Sal 104:5; Ec 1:4) Portanto, estas palavras de Jesus podem ser entendidas como uma hipérbole. Ou seja, mesmo que acontecesse o impossível (o céu e a terra de facto passassem, ou deixassem de existir), ainda assim, as palavras dele iriam cumprir-se. (Compare com Mt 5:18.) No entanto, é muito provável que o céu e a terra mencionados aqui se refiram ao céu e à terra simbólicos, chamados “o céu anterior e a terra anterior” em Ap 21:1.
as minhas palavras de modo algum passarão: Ou: “as minhas palavras com certeza não passarão”. Aqui, o texto grego usa juntamente com o verbo duas palavras que significam “não”, negando de modo enfático a ideia apresentada. Esta construção deixa bem claro que as palavras de Jesus se cumpririam com certeza.
presença: A palavra grega parousía (traduzida em muitas Bíblias como “vinda” ou “volta”) significa literalmente “estar ao lado”. Não se refere simplesmente a vir ou chegar, mas, sim, a estar presente durante um período de tempo. Esse sentido de parousía é indicado por Mt 24:37-39, que compara “os dias de Noé [...] antes do dilúvio” com “a presença do Filho do Homem”. Paulo também usou essa palavra grega em Fil 2:12 ao fazer um contraste entre a sua “presença” e a sua “ausência”.
presença: A palavra grega parousía (traduzida em muitas Bíblias como “vinda” ou “volta”) significa literalmente “estar ao lado”. Não se refere simplesmente a vir ou chegar, mas, sim, a estar presente durante um período de tempo. Esse sentido de parousía é indicado por Mt 24:37-39, que compara “os dias de Noé [...] antes do dilúvio” com “a presença do Filho do Homem”. Paulo também usou essa palavra grega em Fil 2:12 ao fazer um contraste entre a sua “presença” e a sua “ausência”.
os dias de Noé: Às vezes, a Bíblia usa a expressão “os dias de” para se referir à época em que uma determinada pessoa viveu. (Is 1:1; Je 1:2, 3; Lu 17:28) Aqui, Jesus comparou “os dias de Noé” com a presença do Filho do Homem. Ao falar do mesmo assunto noutra ocasião, ele usou a expressão “nos dias do Filho do Homem”. (Lu 17:26) Jesus comparou a sua presença com “os dias de Noé”, que duraram anos, e não apenas com o dia em que o Dilúvio começou. Portanto, faz sentido acreditar que “a presença [ou, “os dias”] do Filho do Homem” também envolva um período de anos. Mas, da mesma forma que os dias de Noé tiveram um clímax quando chegou o Dilúvio, a “presença” de Jesus (os seus “dias”) também terá um clímax quando todos os que não tiverem procurado a salvação forem destruídos. — Veja a nota de estudo em Mt 24:3.
presença: Veja a nota de estudo em Mt 24:3.
dilúvio: Ou: “grande inundação; cataclismo”. A palavra grega kataklysmós transmite a ideia de uma grande inundação que causa muita destruição. A Bíblia usa essa palavra quando se refere ao Dilúvio dos dias de Noé. — Mt 24:39; Lu 17:27; 2Pe 2:5.
arca: A palavra grega usada aqui também pode ser traduzida como “baú; caixa” e pode indicar que a arca parecia uma caixa muito grande. A Vulgata usa aqui a palavra latina arca, que tem o mesmo significado e deu origem à palavra portuguesa “arca”.
será levada: A palavra grega traduzida aqui como “será levada” é usada em diversos contextos, muitas vezes em sentido positivo. Já foi traduzida como “levar para casa” (Mt 1:20), “levou-os” (Mt 17:1) e “levar-vos comigo” (Jo 14:3). Aqui, pelos vistos, refere-se a receber a aprovação de Jesus, o “Senhor”, e ser salvo. (Lu 17:37) Além disso, também pode ter uma ligação com o que aconteceu a Noé, que foi levado para dentro da arca no dia do Dilúvio, e com Ló, que foi levado pela mão para fora de Sodoma. (Lu 17:26-29) Neste caso, dizer que a pessoa foi abandonada significaria que foi julgada e condenada à destruição.
será levado [...] será abandonado: Veja a nota de estudo em Lu 17:34.
mantenham-se vigilantes: Lit.: “fiquem acordados”. Jesus já tinha avisado os seus discípulos de que era importante continuarem espiritualmente acordados, pois não sabiam em que dia e hora ele viria. (Veja as notas de estudo em Mt 24:42; 25:13.) Ele repete esse aviso aqui neste versículo e em Mt 26:41, onde diz que é importante perseverar em oração para continuar espiritualmente acordado. Outros livros das Escrituras Gregas Cristãs contêm avisos parecidos, mostrando que continuar espiritualmente desperto é vital para os verdadeiros cristãos. — 1Co 16:13; Col 4:2; 1Te 5:6; 1Pe 5:8; Ap 16:15.
mantenham-se vigilantes: A palavra grega usada aqui tem o sentido básico de “ficar (continuar) acordado”, mas, em muitos contextos, quer dizer “ficar alerta; estar atento”. Mateus usa esta palavra em Mt 24:43; 25:13 e 26:38, 40, 41. Em Mt 24:44, ele relaciona essa atitude vigilante com a necessidade de estar “prontos”. — Veja a nota de estudo em Mt 26:38.
mordomo: Ou: “administrador da casa”. A palavra grega usada aqui, oikonómos, refere-se a uma pessoa que, apesar de ser um servo, tinha autoridade sobre outros servos. Essa era uma função de grande confiança, visto que o mordomo supervisionava todos os assuntos relacionados com o seu senhor. Nos tempos antigos, a pessoa escolhida para essa função, muitas vezes, era um escravo fiel. O servo de Abraão “que administrava tudo o que [Abraão] possuía” é um exemplo de alguém que tinha essa função. (Gén 24:2) Conforme mostra Gén 39:4, José também serviu como administrador. Na sua ilustração, Jesus usou a palavra “mordomo” no singular, mas isso não quer dizer que ele estivesse a referir-se a apenas uma pessoa. Às vezes, a Bíblia usa palavras no singular para se referir a grupos. Um exemplo disso está em Is 43:10, onde Jeová disse à nação de Israel: “Vocês são as minhas testemunhas [plural], [...] o meu servo [singular] a quem escolhi.” Aqui em Lucas, o mordomo da ilustração de Jesus representa um grupo. Noutra ocasião, quando Jesus fez uma ilustração sobre o mesmo assunto, ele chamou ao mordomo “escravo fiel e prudente”. — Mt 24:45.
escravo: Na sua ilustração, Jesus usou a palavra “escravo” no singular, mas isso não quer dizer que ele estivesse a referir-se a apenas uma pessoa. Às vezes, a Bíblia usa palavras no singular para se referir a grupos. Um exemplo disso está em Is 43:10, onde Jeová disse à nação de Israel: “Vocês são as minhas testemunhas [plural] [...] sim, o meu servo [singular] a quem escolhi.” Noutra ocasião, registada em Lu 12:42, Jesus fez uma ilustração sobre o mesmo assunto e chamou ao escravo “mordomo fiel, o prudente”. — Veja a nota de estudo em Lu 12:42.
prudente: A palavra grega usada aqui transmite a ideia de alguém que tem entendimento e é perspicaz, prevenido, discernidor, sensato, sábio e prático. A mesma palavra grega é usada em Mt 7:24 e 25:2, 4, 8, 9. A Septuaginta usa esta palavra em Gén 41:33, 39 para se referir a José.
seus domésticos: Ou: “seus servos domésticos”. Refere-se a todos os que trabalham na casa do senhor, ou amo.
vir: Esta é a primeira das oito referências feitas à vinda de Jesus nos capítulos 24 e 25 de Mateus. (Mt 24:42, 44, 46; 25:10, 19, 27, 31) Em todas essas referências, foi usada uma forma do verbo grego érkhomai (vir). Aqui, o verbo tem o sentido de “voltar a atenção para a humanidade” e refere-se, mais especificamente, a Jesus “vir” como Juiz para proferir uma sentença e executar julgamento durante a grande tribulação.
vier: Veja a nota de estudo em Mt 24:30.
aquele escravo: O escravo mencionado aqui é o mordomo de Lu 12:42. Se “aquele escravo” fosse fiel, ele seria recompensado. (Lu 12:43, 44) Por outro lado, se fosse infiel, seria punido “com a maior severidade”. (Lu 12:46) Neste versículo, Jesus estava, na verdade, a dar um alerta ao mordomo fiel. O mesmo acontece em Mt 24:45-51, onde Jesus fez uma ilustração parecida e usou as palavras “se esse escravo mau disser no coração”. Ele não estava a predizer ou a determinar que existiria um “escravo mau”. Em vez disso, ele estava a alertar o escravo fiel sobre o que aconteceria se ele começasse a desenvolver características de um escravo mau.
esse escravo mau: Neste versículo, Jesus estava, na verdade, a dar um alerta ao escravo fiel e prudente, mencionado em Mt 24:45. Ele não estava a predizer ou a determinar que existiria um “escravo mau”. Em vez disso, estava a alertar o escravo fiel sobre o que aconteceria se ele começasse a desenvolver características de um escravo mau. Se esse escravo fosse infiel, seria punido “com a maior severidade”. — Mt 24:51; veja a nota de estudo em Lu 12:45.
hipócritas: A palavra grega hypokrités era usada originalmente para se referir aos atores do teatro grego (e, mais tarde, do romano) que usavam máscaras grandes que aumentavam o volume da voz. Depois, a palavra começou a ser usada como uma metáfora para se referir a pessoas que escondem as suas intenções ou a sua personalidade e fingem ser o que não são. Os “hipócritas” mencionados aqui por Jesus eram os líderes religiosos judaicos. — Mt 6:5, 16.
o ranger dos seus dentes: Ou: “apertar os seus dentes”. Expressão que pode indicar angústia, desespero e raiva. Dá a ideia de que a pessoa até pode dizer coisas que ofendem ou agir com violência.
irá puni-lo com a maior severidade: Lit.: “irá cortá-lo em dois”. É claro que esta expressão forte não deve ser entendida literalmente. Transmite a ideia de um castigo muito severo.
hipócritas: Veja a nota de estudo em Mt 6:2.
ranger dos seus dentes: Veja a nota de estudo em Mt 8:12.
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Acredita-se que estas pedras, encontradas na parte sul do Muralha Ocidental, fizessem parte do conjunto de edifícios que ficava no Monte do Templo no primeiro século EC. Servem de amarga lembrança da destruição de Jerusalém e do templo pelos romanos.

O monte das Oliveiras (1) é uma cadeia de colinas arredondadas de calcário, a leste de Jerusalém. O vale do Cédron fica entre essas colinas e Jerusalém. Uma dessas colinas, de aproximadamente 812 metros de altitude, fica de frente para o Monte do Templo (2). Quando a Bíblia menciona o monte das Oliveiras, geralmente, refere-se a essa colina. Foi no monte das Oliveiras que Jesus explicou o sinal da sua presença aos seus discípulos.

A palavra grega himátion, traduzida como “capa” ou “roupa”, provavelmente, corresponde à palavra hebraica simláh. Muitas vezes, era apenas um tecido retangular semelhante a uma manta, mas, em alguns casos, parece referir-se a um tipo de colete aberto e comprido. Era fácil de colocar e de tirar.

A fotografia mostra um ramo de figueira na primavera, com as folhas e os figos temporãos a brotarem juntos. Em Israel, os primeiros botões aparecem nos ramos da figueira em fevereiro. As folhas aparecem no final de abril ou em maio, indicando que o verão está próximo. (Mt 24:32) As figueiras produzem duas safras por ano. Os primeiros figos, ou figos temporãos, amadurecem em junho ou no início de julho. (Is 28:4; Je 24:2; Os 9:10) Os figos da safra principal crescem nos ramos novos e, geralmente, ficam maduros de agosto em diante.

O moinho giratório manual era um dos tipos de moinho usados nos tempos bíblicos. (Lu 17:35) Para usarem esse moinho, geralmente, duas mulheres sentavam-se uma de frente para a outra, e as duas juntas seguravam a manivela com uma das mãos para girar a pedra superior. Uma das mulheres usava a sua outra mão para derramar os grãos aos poucos na abertura da pedra superior. A farinha que saía da borda do moinho caía numa bandeja ou num pano estendido por baixo do moinho. A seguir, a outra mulher recolhia a farinha com a sua mão livre. As mulheres levantavam-se cedo todos os dias para moerem a farinha que seria necessária para o pão daquele dia.