As Boas Novas Segundo Marcos 15:1-47
Notas de rodapé
Notas de estudo
Sinédrio: Ou seja, o supremo tribunal judaico em Jerusalém. A palavra grega traduzida como “Sinédrio” (synédrion) significa literalmente “sentar-se com”. Embora fosse uma palavra genérica para uma assembleia ou reunião, em Israel, podia referir-se a um tribunal religioso. — Veja a nota de estudo em Mt 5:22 e o Glossário; veja a possível localização do Sinédrio no Apêndice B12-A.
Sinédrio: Veja a nota de estudo em Mt 26:59.
Pilatos: Governador romano (também chamado prefeito) da Judeia nomeado pelo imperador Tibério em 26 EC. O seu governo durou cerca de dez anos. Pilatos não é mencionado apenas na Bíblia, mas também nas obras de outros escritores. Por exemplo, o historiador romano Tácito escreveu que Pilatos ordenou a execução de Cristo durante o reinado de Tibério. Além disso, no antigo teatro romano em Cesareia, Israel, foi encontrada uma inscrição em latim com as palavras: “Pôncio Pilatos, Prefeito da Judeia.” — Veja as regiões governadas por Pôncio Pilatos no Apêndice B10.
És tu o Rei dos judeus?: Nenhum rei poderia governar dentro dos domínios do Império Romano sem a aprovação de César. Por isso, parece que Pilatos concentrou o seu interrogatório na seguinte questão: era Jesus rei ou não?
É o senhor que o está a dizer: Tudo indica que esta era uma maneira de confirmar a informação apresentada na pergunta de Pilatos. (Veja as notas de estudo em Mt 26:25, 64.) Jesus confirmou a Pilatos que realmente era um rei, mas não no sentido que Pilatos imaginava. O Reino de Jesus ‘não fazia parte deste mundo’, e, por isso, não era uma ameaça para o Império Romano. — Jo 18:33-37.
És tu o Rei dos judeus?: Veja a nota de estudo em Mt 27:11.
É o senhor que o está a dizer: Veja a nota de estudo em Mt 27:11.
costumava soltar um preso: Os quatro Evangelhos falam sobre a libertação de Barrabás. (Mt 27:15-23; Lu 23:16-25; Jo 18:39, 40) Não existe base nem precedente nas Escrituras Hebraicas para o costume de soltar um preso, mas parece que, nos dias de Jesus, isso já se tinha tornado uma tradição para os judeus. Esse costume não seria estranho para os romanos, pois há evidências de que eles libertavam prisioneiros para agradar às multidões.
Mais uma vez: O texto de Lu 23:18-23 mostra que a multidão gritou, pelo menos, três vezes a exigir que Pilatos condenasse Jesus à morte. O relato aqui em Marcos indica que Pilatos perguntou três vezes à multidão sobre o que deveria fazer com Jesus. — Mr 15:9, 12, 14.
chicotear: Os romanos chicoteavam as suas vítimas com um instrumento terrível conhecido em latim como flagellum. O verbo grego usado aqui (fragellóo, “chicotear”) vem dessa palavra latina. Esse chicote tinha um cabo e vários cordões ou correias de couro com nós. Em alguns desses chicotes, as correias tinham pedaços pontiagudos de osso ou de metal, para que os golpes doessem mais. Essa punição causava contusões profundas, rasgava a carne e até podia levar à morte.
chicotear: Veja a nota de estudo em Mt 27:26.
residência do governador: A palavra grega praitórion (que vem do latim praetorium) refere-se à residência oficial dos governadores romanos. Em Jerusalém, a residência provavelmente era o palácio construído por Herodes, o Grande. Esse palácio ficava no canto noroeste da cidade alta, ou seja, da parte sul de Jerusalém. (Veja a localização no Apêndice B12-A.) Pilatos só ficava em Jerusalém em algumas ocasiões específicas, como nas festividades, quando o risco de ocorrerem tumultos era maior. Ele morava a maior parte do tempo em Cesareia.
residência do governador: Veja a nota de estudo em Mt 27:27.
Eles vestiram-no de púrpura: Os soldados fizeram isso para ridicularizar Jesus e fazer pouco da ideia de que ele era um rei. O relato de Mateus (27:28) diz que os soldados puseram em Jesus “um manto escarlate”, uma peça de roupa usada por reis, magistrados e oficiais militares. Tanto o relato de Marcos como o relato de João (19:2) dizem que a cor do manto era púrpura, mas, nos tempos antigos, a palavra “púrpura” era usada para descrever qualquer cor que fosse uma mistura de vermelho e azul. Além disso, o observador poderia ter uma noção diferente de qual era a cor exata dependendo do seu ângulo de visão, do reflexo da luz e do que estivesse no fundo. Essa diferença no modo de descrever a cor mostra que os escritores dos Evangelhos não fizeram simples cópias dos relatos uns dos outros.
coroa: Além do manto púrpura (mencionado neste versículo), os soldados ridicularizaram Jesus por lhe dar “uma cana” (Mt 27:29) e uma coroa de espinhos, como se fossem o cetro e a coroa de um rei.
Salve: Ou: “Saudações”. Lit.: “Alegre-se”. Os soldados dirigiram-se a Jesus por usarem a mesma saudação que usariam para César, gozando com o facto de Jesus dizer que era rei.
Salve: Veja a nota de estudo em Mt 27:29.
cuspir-lhe: Cuspir numa pessoa, ou no rosto dela, era um ato de extremo desprezo, inimizade ou indignação, que humilhava a pessoa. (Núm 12:14; De 25:9) Jesus estava a dizer que sofreria esse tipo de humilhação, que cumpriria uma profecia sobre o Messias: “Não escondi o rosto das humilhações e do cuspo.” (Is 50:6) Ele passou por isso quando lhe cuspiram no julgamento diante do Sinédrio (Mr 14:65) e quando os soldados romanos lhe cuspiram depois de ele ter sido julgado por Pilatos (Mr 15:19).
prestar-lhe homenagem: Ou: “curvar-nos diante dele”. Quando o verbo grego proskynéo é usado em relação a um deus, é traduzido como “adorar”. No entanto, neste relato, os astrólogos queriam saber onde estava “aquele que nasceu para ser rei dos judeus”. Portanto, fica claro que o verbo grego aqui se refere a prestar homenagem a um rei humano, e não a adorar um deus. O texto de Mr 15:18, 19 usa este verbo de uma forma parecida. Diz que, para ridicularizarem Jesus, os soldados “curvaram-se” diante dele e chamaram-lhe “Rei dos judeus”. — Veja a nota de estudo em Mt 18:26.
cuspiram-lhe: Esta demonstração de desprezo cumpriu as palavras do próprio Jesus em Mr 10:34 e também a profecia sobre o Messias registada em Is 50:6. — Veja a nota de estudo em Mr 10:34.
curvaram-se: Ou: “prestaram homenagem”. Aqui, o verbo grego proskynéo é usado para falar dos soldados que, para ridicularizarem Jesus, se curvaram diante dele e lhe chamaram “Rei dos judeus”. — Mr 15:18; veja a nota de estudo em Mt 2:2.
matem na estaca: Ou: “preguem numa estaca (num poste)”. Esta é a primeira das mais de 40 vezes em que aparece o verbo grego stauróo nas Escrituras Gregas Cristãs. Esse verbo está relacionado com o substantivo grego staurós, que é traduzido como “estaca de tortura”. (Veja as notas de estudo em Mt 10:38; 16:24; 27:32 e o Glossário, “Madeiro; Estaca”; “Estaca de tortura”.) A Septuaginta grega usa o verbo stauróo em Est 7:9, no relato em que o rei Assuero mandou pendurar Hamã num madeiro que tinha mais de 20 metros de altura. No grego clássico, o verbo stauróo significava “cercar com estacas, construir uma paliçada”.
o pregar na estaca: Ou: “o prender numa estaca (num poste)”. — Veja a nota de estudo em Mt 20:19 e o Glossário, “Madeiro; Estaca”; “Estaca de tortura”.
Cirene: Cidade no norte de África, próxima do litoral, a sudoeste da ilha de Creta. — Veja o Apêndice B13.
obrigar a prestar serviço: É uma referência ao serviço obrigatório que as autoridades romanas podiam exigir de um cidadão. Por exemplo, podiam obrigar um homem a fazer algum trabalho. Também podiam tirar a uma pessoa qualquer coisa que achassem necessária para cuidar de um assunto oficial urgente. Simão de Cirene foi ‘obrigado a prestar serviço’ quando os soldados romanos o mandaram carregar a estaca de Jesus. — Mt 27:32.
estaca: Ou: “estaca de tortura; estaca de execução”. — Veja o Glossário, “Madeiro, estaca”; “Estaca de tortura”; para informações sobre o uso desta palavra em sentido figurado, veja as notas de estudo em Mt 10:38 e 16:24.
Cirene: Veja a nota de estudo em Mt 27:32.
pai de Alexandre e de Rufo: Marcos é o único Evangelho que menciona este detalhe sobre Simão de Cirene.
obrigaram-no a prestar serviço: Esta é uma referência ao serviço obrigatório que as autoridades romanas podiam exigir de um cidadão. Por exemplo, podiam exigir que um homem fizesse algum trabalho ou que cedesse um animal ou qualquer outra coisa que fosse necessária para cuidar de modo mais eficiente de um assunto oficial. — Veja a nota de estudo em Mt 5:41.
estaca: Veja a nota de estudo em Mt 27:32.
Gólgota: Vem da palavra hebraica gulgóleth, que significa “caveira; crânio”. (Veja Jo 19:17; também Jz 9:53, que usa essa palavra hebraica traduzida ali como “crânio”.) Nos dias de Jesus, esse local ficava fora das muralhas de Jerusalém. Atualmente, não se sabe qual era o local exato. (Veja o Apêndice B12-A.) A Bíblia não diz que Gólgota ficava num monte, mas menciona que alguns conseguiram ver a execução de Jesus à distância. — Mr 15:40; Lu 23:49.
Lugar da Caveira: A expressão grega usada aqui, Kraníou Tópon, é uma tradução do nome hebraico Golgotha. (Veja a nota de estudo em Gólgota neste versículo. Para uma explicação sobre o significado de hebraico nas Escrituras Gregas Cristãs, veja a nota de estudo em Jo 5:2.) No relato paralelo em Lu 23:33, várias Bíblias em português usam a palavra “Calvário”. Vem da palavra latina calvaria (“caveira; crânio”), que é usada na Vulgata.
Gólgota: Nome que vem da palavra hebraica gulgóleth, que significa “caveira; crânio”. (Veja Jz 9:53 e 2Rs 9:35, onde essa palavra hebraica é traduzida como “crânio”.) Nos dias de Jesus, esse local ficava fora das muralhas de Jerusalém. Apesar de não ser possível identificar a localização exata de Gólgota, alguns estudiosos acham que talvez ficasse nos arredores de onde hoje está a Igreja do Santo Sepulcro, considerada por muitos como o local da execução de Jesus. (Veja o Apêndice B12-A.) A Bíblia não diz que Gólgota ficava num monte, mas menciona que alguns conseguiram ver a execução de Jesus à distância. — Mr 15:40; Lu 23:49.
Gólgota: Veja a nota de estudo em Mt 27:33.
lugar da caveira: Em grego, Kraníou Tópos. Esta expressão grega é usada como tradução da palavra hebraica Golgotha. (Veja as notas de estudo em Jo 19:17.) Várias Bíblias em português usam a palavra “Calvário” em Lu 23:33. Essa palavra vem da palavra latina para “crânio”, calvaria, que é usada na Vulgata.
fel: A palavra grega kholé refere-se aqui a um líquido amargo feito de plantas ou a qualquer substância amarga. Mostrando que esse acontecimento cumpria uma profecia, Mateus fez referência ao Sal 69:21, onde a Septuaginta usou a mesma palavra grega (kholé) para traduzir a palavra hebraica para “veneno”. Parece que mulheres de Jerusalém tinham preparado uma mistura de vinho e fel para aliviar a dor dos que estavam a ser mortos, e os romanos permitiram isso. O relato paralelo em Mr 15:23 diz que o vinho estava “misturado com uma droga, mirra”. Pelos vistos, aquele vinho devia ter as duas substâncias: mirra e fel.
vinho misturado com uma droga, mirra: O relato paralelo em Mt 27:34 diz que o vinho estava “misturado com fel”. É provável que o vinho tivesse as duas substâncias: mirra e fel. Tudo indica que aquela mistura era dada para aliviar a dor. — Veja a nota de estudo em ele não o quis tomar neste versículo e a nota de estudo em Mt 27:34.
ele não o quis tomar: Pelos vistos, Jesus queria estar totalmente lúcido durante esse teste de fé.
repartiram as suas roupas: O relato paralelo em Jo 19:23, 24 fornece detalhes que Mateus, Marcos e Lucas não mencionam. Considerando os relatos dos quatro Evangelhos, parece que os soldados romanos sortearam entre eles tanto a capa como a túnica de Jesus. Eles dividiram a capa “em quatro partes, uma para cada soldado”, e lançaram sortes para ver quem ficaria com cada parte. Mas eles não quiseram dividir a túnica, por isso, lançaram sortes para ver quem ficaria com ela. Esse sorteio das roupas do Messias cumpriu a profecia do Sal 22:18. Pelos vistos, era costume os carrascos ficarem com as roupas das suas vítimas. Eles tiravam os pertences e as roupas aos criminosos antes da execução, tornando todo o processo ainda mais humilhante.
repartiram as suas roupas: Veja a nota de estudo em Mt 27:35.
lançando sortes: Veja o Glossário, “Sortes”.
a terceira hora: Ou seja, por volta das 9 horas da manhã. Alguns apontam para uma aparente contradição entre este relato e Jo 19:14-16, que diz que foi “por volta da sexta hora” que Pilatos entregou Jesus para ser executado, ou morto. Embora as Escrituras não expliquem claramente o motivo dessa diferença, deve-se levar em conta o seguinte: De modo geral, os Evangelhos concordam entre si ao relatar a hora dos acontecimentos durante o último dia de Jesus na Terra. Por exemplo, os quatro Evangelhos indicam que os sacerdotes e os anciãos se reuniram depois do amanhecer e, então, encaminharam Jesus para o governador romano Pôncio Pilatos. (Mt 27:1, 2; Mr 15:1; Lu 22:66–23:1; Jo 18:28) Mateus, Marcos e Lucas relatam que, quando Jesus já estava na estaca, caiu uma escuridão sobre a terra da “sexta hora [...] até à nona hora”. (Mt 27:45, 46; Mr 15:33, 34; Lu 23:44) Quanto à hora da execução de Jesus, um fator a ser levado em conta é que alguns consideravam o açoitamento como parte do processo de execução. Algumas vítimas eram açoitadas tão cruelmente que acabavam por morrer. O açoitamento de Jesus foi tão severo que ele não aguentou carregar a sua estaca de tortura sozinho até ao fim do percurso. (Lu 23:26; Jo 19:17) É interessante que tanto Mt 27:26 como Mr 15:15 mencionam o açoitamento juntamente com a execução na estaca. Se alguém considerasse o açoitamento como o início do processo de execução, então, para essa pessoa, a execução teria começado algum tempo antes de Jesus ter sido realmente pregado na estaca. Assim, pessoas diferentes poderiam dar horários diferentes para o início da execução. Essa diferença de pontos de vista pode ajudar a explicar porque é que Pilatos, aparentemente, achou que Jesus ainda não tinha morrido quando pediram o seu corpo. Jesus tinha sido pregado na estaca há relativamente pouco tempo e, para Pilatos, a execução talvez estivesse apenas a começar. (Mr 15:44, 45) Outro fator a ser levado em conta é que os escritores da Bíblia geralmente seguiam o costume de dividir tanto o dia como a noite em quatro períodos de três horas cada. Esse costume explica porque é que eles faziam tantas referências à terceira, à sexta e à nona hora. Essas horas eram contadas a partir do nascer do sol, por volta das 6 da manhã. Ao registar a hora dos acontecimentos, eles costumavam usar essas horas aproximadas. (Mt 20:1-5; Jo 4:6; At 2:15; 3:1; 10:3, 9, 30) Além disso, as pessoas em geral não tinham instrumentos precisos para marcar o tempo. Por isso, muitas vezes, as horas eram acompanhadas da expressão ‘por volta de’, como em Jo 19:14. (Mt 27:46; Lu 23:44; Jo 4:6; At 10:3, 9) Resumindo: Marcos talvez estivesse a referir-se à hora em que o processo começou, incluindo Jesus ser açoitado e, depois, pregado na estaca, e João pode ter-se referido apenas à hora em que Jesus foi pregado na estaca. Os dois escritores podem ter arredondado essas horas para o período de três horas mais próximo, e João usou ‘por volta de’ ao indicar a hora. Esses fatores podem explicar a diferença entre os horários mencionados nos Evangelhos. E o facto de o Evangelho de João, escrito décadas depois, mencionar uma hora diferente da de Marcos mostra que João não fez uma simples cópia do relato de Marcos.
ladrões: Ou: “bandidos”. A palavra grega leistés pode referir-se a pessoas que roubam com violência e, às vezes, a pessoas que se rebelam contra as autoridades. Esta palavra é usada para descrever Barrabás (Jo 18:40), que estava na prisão por “sedição” e “assassinato”. (Lu 23:19) O relato paralelo em Lu 23:32, 33, 39 usa a palavra grega kakoúrgos (lit.: “pessoa que pratica o mal”) ao descrever esses homens como “criminosos”.
ladrões: Veja a nota de estudo em Mt 27:38.
Alguns manuscritos acrescentam aqui as palavras “e cumpriu-se a passagem das Escrituras que diz: ‘E foi contado entre os transgressores’”, citando parte de Is 53:12. Mas essas palavras não aparecem nos manuscritos mais antigos e mais confiáveis, e, pelos vistos, não fazem parte do texto original de Marcos. Uma frase semelhante aparece no relato inspirado em Lu 22:37. Estudiosos acham que algum copista inseriu em Marcos a ideia encontrada no relato de Lucas. — Veja o Apêndice A3.
abanando a cabeça: Gesto, geralmente acompanhado de insultos, que expressava desprezo, sarcasmo e gozo. Sem saber, as pessoas que passaram por ali cumpriram o Sal 22:7.
abanando a cabeça: Veja a nota de estudo em Mt 27:39.
estaca: Ou: “estaca de tortura; estaca de execução”. — Veja o Glossário, “Madeiro, estaca”; “Estaca de tortura”; para informações sobre o uso desta palavra em sentido figurado, veja as notas de estudo em Mt 10:38 e 16:24.
estaca: Veja a nota de estudo em Mt 27:32.
estaca: Ou: “estaca de tortura; estaca de execução”. — Veja o Glossário, “Madeiro, estaca”; “Estaca de tortura”; para informações sobre o uso desta palavra em sentido figurado, veja as notas de estudo em Mt 10:38 e 16:24.
estaca: Veja a nota de estudo em Mt 27:32.
Por volta da terceira hora: Ou seja, por volta das 9 horas da manhã. No primeiro século EC, os judeus dividiam o período de luz do dia em 12 horas. (Jo 11:9) Esse período começava com o nascer do sol, por volta das 6 horas da manhã. Assim, a terceira hora seria por volta das 9 da manhã, a sexta hora seria por volta do meio-dia e a nona hora seria por volta das 3 da tarde. As pessoas daquela época não tinham instrumentos precisos para marcar o tempo. Por isso, os relatos bíblicos, geralmente, mencionam apenas a hora aproximada dos eventos. — Jo 1:39; 4:6; 19:14; At 10:3, 9.
Por volta da terceira hora: Ou seja, por volta das 9 horas da manhã. No primeiro século EC, os judeus dividiam o período de luz do dia em 12 horas. (Jo 11:9) Esse período começava com o nascer do sol, por volta das 6 horas da manhã. Assim, a terceira hora seria por volta das 9 da manhã, a sexta hora seria por volta do meio-dia e a nona hora seria por volta das 3 da tarde. As pessoas daquela época não tinham instrumentos precisos para marcar o tempo. Por isso, os relatos bíblicos, geralmente, mencionam apenas a hora aproximada dos eventos. — Jo 1:39; 4:6; 19:14; At 10:3, 9.
a sexta hora: Ou seja, por volta do meio-dia. — Veja a nota de estudo em Mt 20:3.
uma escuridão: O relato paralelo em Lucas acrescenta que “a luz do sol falhou”. (Lu 23:44, 45) Essa escuridão foi um milagre da parte de Deus. Não pode ter sido causada por um eclipse solar, que só acontece na lua nova. Era a época da Páscoa, quando é lua cheia. Além disso, essa escuridão durou três horas, muito mais do que a duração máxima de um eclipse solar total, que é de menos de oito minutos.
à nona hora: Ou seja, por volta das 3 horas da tarde. — Veja a nota de estudo em Mt 20:3.
Eli, Eli, lama sabactâni?: Alguns estudiosos acham que estas palavras são aramaicas, mas é mais provável que sejam do hebraico da época, que tinha sido influenciado pelo aramaico. A transliteração dessas palavras que Mateus e Marcos fizeram para o grego não permite uma identificação exata da língua original.
Deus meu, Deus meu: Quando Jesus clamou ao seu Pai celestial chamando-lhe “Deus meu”, ele cumpriu o Sal 22:1. Esse clamor de Jesus pode ter feito as pessoas ali lembrarem-se das muitas coisas que foram profetizadas sobre ele na continuação do Sal 22. Por exemplo, ele seria vítima de desprezo e gozo, ‘atacariam’ as mãos e os pés dele e lançariam sortes sobre as suas roupas. — Sal 22:6-8, 16, 18.
Eli, Eli, lama sabactâni?: Veja a nota de estudo em Mt 27:46.
Deus meu, Deus meu: Veja a nota de estudo em Mt 27:46.
Elias: Nome de origem hebraica que significa “o meu Deus é Jeová”.
vinho acre: Ou: “vinagre de vinho”. Em grego, óxos. Provavelmente, refere-se a um vinho ralo e azedo que em latim é chamado acetum (vinagre) ou posca quando é diluído na água. Era uma bebida barata que os pobres, incluindo os soldados romanos, geralmente tomavam para matar a sede. A Septuaginta também usa a palavra grega óxos no Sal 69:21, na profecia que diz que o Messias receberia “vinagre” para beber.
cana: Ou: “vara; bastão”. No relato paralelo de João, é chamada “haste de hissopo”. — Jo 19:29; veja o Glossário, “Hissopo”.
vinho acre: Veja a nota de estudo em Mt 27:48.
cana: Veja a nota de estudo em Mt 27:48.
entregou o seu espírito: Ou: “expirou; deu o seu último suspiro; parou de respirar”. A palavra “espírito” (em grego, pneúma) pode ser entendida aqui como se referindo ao “fôlego” ou à “força de vida”. O relato paralelo de Mr 15:37 apoia isso, porque usa o verbo grego ekpnéo (lit.: “expirar; soltar o ar”), que foi traduzido como “morreu” ou, conforme a nota de estudo, “deu o seu último suspiro”. Alguns sugerem que o uso da palavra grega traduzida como “entregou” significa que Jesus decidiu parar de lutar pela vida, visto que tudo já estava “consumado”, ou terminado. (Jo 19:30) Ele voluntariamente “derramou a sua vida até à morte”. — Is 53:12; Jo 10:11.
morreu: Ou: “expirou; deu o seu último suspiro”. — Veja a nota de estudo em Mt 27:50.
cortina: Essa bela cortina ornamentada separava o Santíssimo do Santo no templo. A história judaica indica que essa pesada cortina tinha cerca de 18 metros de altura, 9 metros de largura e 7 centímetros de espessura. Quando rasgou essa cortina em duas, Jeová não só mostrou a sua ira contra aqueles que mataram o seu Filho, mas também indicou que, a partir daquele momento, o “caminho de entrada” para o céu estaria aberto. — He 10:19, 20; veja o Glossário.
santuário: A palavra grega naós refere-se aqui ao edifício central do templo, onde ficavam o Santo e o Santíssimo.
cortina: Veja a nota de estudo em Mt 27:51.
santuário: Veja a nota de estudo em Mt 27:51.
um soldado da sua guarda: A palavra grega usada aqui é spekoulátor, que vem da palavra latina speculator. Essa palavra podia referir-se a um guarda pessoal, a um mensageiro e, às vezes, a um carrasco. As Escrituras Gregas Cristãs usam cerca de 30 palavras gregas (termos militares, jurídicos, monetários e domésticos) que vêm de palavras latinas, a maioria delas em Marcos e em Mateus. Marcos usa essas palavras mais do que qualquer outro escritor bíblico, o que apoia a opinião de que ele escreveu o seu Evangelho em Roma e, principalmente, para os não judeus, mais especificamente para os romanos. — Veja a nota de estudo em Jo 19:20.
latim: Esta é a única vez que o latim é mencionado de forma direta no texto inspirado da Bíblia. Quando Jesus esteve na Terra, o latim era a língua usada pelas autoridades romanas em Israel. Apesar de não ser a língua comum do povo, o latim era usado nas inscrições oficiais. O versículo anterior mostra que Pilatos decidiu que a inscrição com a acusação contra Jesus fosse escrita em latim (a língua oficial), hebraico e grego (ou seja, grego coiné). É provável que ele tenha feito isso por causa das várias línguas faladas ali. As Escrituras Gregas Cristãs contêm várias palavras e expressões que vêm do latim. — Veja o Glossário e a “Introdução a Marcos”.
oficial do exército: Ou: “centurião”, um oficial que comandava cerca de cem soldados do exército romano. Esse oficial de alta patente talvez estivesse presente no julgamento de Jesus diante de Pilatos e pode ter ouvido os judeus dizerem que Jesus afirmou ser o Filho de Deus. (Mr 15:16; Jo 19:7) Marcos usa aqui a palavra grega kentyríon. Essa palavra vem do latim e também é usada em Mr 15:44, 45. — Veja a “Introdução a Marcos” e as notas de estudo em Mr 6:27; Jo 19:20.
Maria Madalena: O nome Madalena (que significa “de Magdala; pertencente a Magdala”) provavelmente vem do nome da cidade de Magdala e servia para diferenciá-la de outras Marias. Essa cidade ficava na margem oeste do mar da Galileia, mais ou menos a meio do caminho entre Cafarnaum e Tiberíades. Alguns sugerem que Maria tinha nascido ou morava em Magdala. — Veja as notas de estudo em Mt 15:39; Lu 8:2.
Maria Madalena: Veja a nota de estudo em Mt 27:56.
Tiago, o Menor: Apóstolo de Jesus e filho de Alfeu. (Mt 10:2, 3; Mr 3:18; Lu 6:15; At 1:13) A descrição “o Menor” talvez indique que esse Tiago era mais novo ou mais baixo que o outro apóstolo Tiago, o filho de Zebedeu.
Josés: Nome de origem hebraica, uma forma mais curta de Josifias, que significa “que Jah acrescente (aumente); Jah acrescentou (aumentou)”. Alguns manuscritos usam aqui o nome “José”, mas a maioria dos manuscritos mais antigos diz “Josés”. — Compare com o relato paralelo em Mt 27:56.
Salomé: Nome que, provavelmente, vem de uma palavra hebraica que significa “paz”. Salomé era discípula de Jesus. O relato paralelo em Mt 27:56 parece indicar que a “Salomé” mencionada aqui em Mr 15:40 era “a mãe dos filhos de Zebedeu”, ou seja, de Tiago e João (Mr 3:17). Ao comparar essas informações com Jo 19:25, é possível que Salomé fosse irmã de Maria, mãe de Jesus. Se esse for o caso, Tiago e João eram primos em primeiro grau de Jesus. Além disso, os textos de Mt 27:55, 56, Mr 15:41 e Lu 8:3 indicam que Salomé era uma das mulheres que acompanhavam Jesus e o ajudavam por usarem os recursos que tinham.
o dia da Preparação: Como Marcos muito provavelmente escreveu a pensar principalmente em leitores não judeus, ele explica que o “dia da Preparação” se refere ao dia antes do sábado, um detalhe que não foi incluído nos outros Evangelhos. (Mt 27:62; Lu 23:54; Jo 19:31) Nesse dia, os judeus preparavam-se por deixarem prontas refeições para o sábado e por finalizarem qualquer trabalho que não pudesse esperar até depois do sábado. Nessa ocasião, o dia da Preparação calhou em 14 de nisã. — Veja o Glossário.
Arimateia: O nome dessa cidade vem de uma palavra hebraica que significa “altura”. Em Lu 23:51, é chamada “uma cidade da Judeia”. — Veja o Apêndice B10.
Sinédrio: Ou seja, o supremo tribunal judaico em Jerusalém. A palavra grega traduzida como “Sinédrio” (synédrion) significa literalmente “sentar-se com”. Embora fosse uma palavra genérica para uma assembleia ou reunião, em Israel, podia referir-se a um tribunal religioso. — Veja a nota de estudo em Mt 5:22 e o Glossário; veja a possível localização do Sinédrio no Apêndice B12-A.
José: Cada escritor dos Evangelhos tinha o seu próprio estilo, e isso fica evidente nos detalhes que eles deram ao descrever José de Arimateia. Mateus, um cobrador de impostos, diz que José era “um homem rico”. Marcos, que escreveu para os romanos, diz que ele era um “membro bem-conceituado do Conselho” que aguardava o Reino de Deus. Lucas, um médico bondoso, diz que José “era um homem bom e justo” e que não tinha votado em apoio da ação do Conselho contra Jesus. E apenas João relata que ele era “discípulo de Jesus, mas secretamente, pois tinha medo dos judeus”. — Mt 27:57-60; Mr 15:43-46; Lu 23:50-53; Jo 19:38-42.
Arimateia: Veja a nota de estudo em Mt 27:57.
membro [...] do Conselho: Ou: “conselheiro”, ou seja, membro do Sinédrio, o supremo tribunal judaico em Jerusalém. — Veja a nota de estudo em Mt 26:59 e o Glossário, “Sinédrio”.
túmulo: Ou: “túmulo memorial”. Não se tratava de uma caverna natural, mas de uma gruta escavada na rocha calcária. Muitos desses túmulos tinham bancos de pedra ou espaços escavados nas paredes onde era possível deitar os corpos. — Veja o Glossário.
túmulo: Veja a nota de estudo em Mt 27:60.
uma pedra: Devia ser uma pedra circular, já que este versículo diz que ela foi ‘rolada’ para fechar o túmulo e Mr 16:4 diz que, quando Jesus foi ressuscitado, ela tinha sido “desviada” para abrir o túmulo. Essa pedra talvez pesasse uma tonelada ou mais. O relato de Mateus descreve-a como “uma grande pedra”. — Mt 27:60.
Multimédia

O supremo tribunal judaico, formado por 71 membros, era chamado Grande Sinédrio e ficava em Jerusalém. (Veja o Glossário, “Sinédrio”.) De acordo com a Mishná, os membros do Sinédrio sentavam-se num semicírculo de três degraus, e dois escrivães registavam as decisões do tribunal. Alguns dos detalhes arquitetónicos mostrados aqui baseiam-se numa estrutura descoberta em Jerusalém que alguns acreditam ser a Sala do Conselho, do primeiro século EC. — Veja o mapa “Jerusalém e Proximidades” no Apêndice B12-A.
1. Sumo sacerdote
2. Membros do Sinédrio
3. Acusado
4. Escrivães

Esta é uma fotografia da réplica do osso de um calcanhar humano atravessado por um prego de ferro de 11,5 centímetros. A peça original foi encontrada em 1968 durante escavações no norte de Jerusalém, e é da época do Império Romano. Essa descoberta serve como prova arqueológica de que, provavelmente, se usavam pregos em execuções para prender a vítima numa estaca de madeira. Os pregos que os soldados romanos usaram para prender Jesus Cristo na estaca talvez fossem parecidos com o da fotografia. A peça original foi encontrada num ossuário (caixa de pedra onde os ossos de uma pessoa falecida eram colocados depois de a carne se ter decomposto). Isso indica que uma pessoa executada numa estaca podia receber um sepultamento, como foi o caso de Jesus.

Os judeus costumavam sepultar os mortos em grutas naturais ou escavadas na rocha. Esses túmulos geralmente ficavam fora da cidade, com exceção dos túmulos dos reis. Os túmulos judaicos que já foram descobertos destacam-se pela simplicidade. Pelos vistos, eram assim porque os judeus não achavam certo venerar os mortos nem acreditavam que, depois de morrer, a pessoa passava a viver num mundo espiritual.