As Boas Novas Segundo Lucas 8:1-56

8  Pouco tempo depois, ele começou a viajar de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e declarando as boas novas do Reino de Deus.+ E os Doze estavam com ele,  bem como algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de doenças: Maria, que era chamada Madalena,+ de quem saíram sete demónios;  Joana,+ esposa de Cuza, encarregado da casa de Herodes; Susana; e muitas outras mulheres que os ajudavam, com os seus próprios bens.+  Quando uma grande multidão se juntou aos que vinham ter com ele de uma cidade após outra, ele falou por meio de uma ilustração:+  “Um semeador saiu para semear as suas sementes. Enquanto semeava, algumas delas caíram à beira da estrada e foram pisadas, e as aves do céu comeram-nas.+  Algumas caíram sobre a rocha e, depois de brotarem, secaram, porque não tinham humidade.+  Outras caíram entre os espinhos, e os espinhos que cresceram com elas sufocaram-nas.+  Mas outras caíram em solo bom e, depois de brotarem, produziram fruto cem vezes mais.”+ Depois de lhes dizer isto, falou bem alto: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”+  Mas os seus discípulos perguntaram-lhe o que significava esta ilustração.+ 10  Ele disse: “É-vos concedido entender* os segredos sagrados do Reino de Deus, mas, aos demais, tudo é apresentado por meio de ilustrações,+ para que olhem, mas olhem em vão, e ouçam, mas não compreendam.+ 11  A ilustração significa o seguinte: a semente é a palavra de Deus.+ 12  Aquelas à beira da estrada representam os que ouviram, e depois vem o Diabo e tira-lhes a palavra do coração, a fim de que não creiam e não sejam salvos.+ 13  Aquelas sobre a rocha representam os que, quando ouvem a palavra, a recebem com alegria, mas não têm raiz. Creem por um tempo, mas, numa época de prova, desviam-se.+ 14  Aquelas que caíram entre os espinhos, representam os que ouviram, mas que, por se deixarem levar pelas ansiedades, pelas riquezas+ e pelos prazeres desta vida,+ ficam completamente sufocados e não produzem frutos maduros.+ 15  Aquelas em solo bom representam os que, depois de ouvirem a palavra com um coração sincero e bom,+ a retêm e dão fruto com perseverança.+ 16  “Depois de acender uma lâmpada, ninguém a cobre com um recipiente ou a coloca debaixo de uma cama, mas coloca-a em cima de um suporte, para que os que entram vejam a luz.+ 17  Pois não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem há nada cuidadosamente oculto que não se torne conhecido e não venha à tona.+ 18  Portanto, prestem atenção a como escutam; pois àquele que tem, mais será dado,+ mas àquele que não tem, até mesmo o que imagina ter lhe será tirado.”+ 19  A sua mãe e os seus irmãos+ chegaram, mas não conseguiram aproximar-se dele, por causa da multidão.+ 20  Então, disseram-lhe: “A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem vê-lo.” 21  Ele respondeu-lhes: “A minha mãe e os meus irmãos são estes que ouvem a palavra de Deus e a praticam.”+ 22  Certo dia, ele e os seus discípulos entraram num barco, e ele disse-lhes: “Passemos para a outra margem do lago.” Assim, partiram.+ 23  Mas, enquanto navegavam, ele adormeceu. Então, caiu uma violenta tempestade sobre o lago; o barco começou a ficar inundado e estava em perigo.+ 24  Por isso, acordaram-no, dizendo: “Instrutor, Instrutor, estamos prestes a morrer!” Ele levantou-se e censurou o vento e a fúria da água; estes pararam, e houve uma calmaria.+ 25  Então, ele disse-lhes: “Onde está a vossa fé?” Mas eles ficaram com muito medo e espantados, e diziam uns aos outros: “Quem é realmente este homem? Pois dá ordens até mesmo aos ventos e à água, e eles obedecem-lhe.”+ 26  E chegaram à margem, na região dos gerasenos,+ que fica no lado oposto à Galileia. 27  Quando Jesus desembarcou em terra, um homem da cidade que estava possesso foi ao seu encontro. Ele não usava roupa há muito tempo, e não ficava numa casa, mas sim entre os túmulos.*+ 28  Ao ver Jesus, gritou e prostrou-se diante dele, e disse bem alto: “O que é que queres de mim, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Eu suplico-te que não me atormentes.”+ 29  (Pois Jesus tinha ordenado ao espírito impuro que saísse do homem. O espírito tinha-se apoderado dele em muitas ocasiões,*+ e prendiam-no repetidas vezes com correntes nas mãos e nos pés, e vigiavam-no, mas ele rebentava as correntes e era levado pelo demónio para os lugares isolados.) 30  Jesus perguntou-lhe: “Qual é o teu nome?” Ele disse: “Legião”, pois muitos demónios tinham entrado nele. 31  E suplicavam-lhe que não os mandasse para o abismo.+ 32  Uma grande vara de porcos+ estava a pastar ali no monte; por isso, suplicaram-lhe que lhes permitisse entrar nos porcos, e ele deu-lhes permissão.+ 33  Os demónios saíram então do homem e entraram nos porcos, e os porcos atiraram-se pelo despenhadeiro* abaixo, para dentro do lago, e afogaram-se. 34  Mas, quando os que cuidavam dos porcos viram o que tinha acontecido, fugiram e contaram isso na cidade e na zona rural. 35  Depois, as pessoas saíram para ver o que tinha acontecido. Quando se aproximaram de Jesus, encontraram o homem de quem tinham saído os demónios, vestido e em perfeito juízo, sentado aos pés de Jesus;+ e ficaram com medo. 36  Os que tinham visto tudo aquilo contaram-lhes como o homem possesso tinha ficado bom.* 37  E muitas pessoas da região dos gerasenos, ao redor, pediram a Jesus que se afastasse deles, porque estavam cheios de medo. Então, ele entrou no barco para partir. 38  No entanto, o homem de quem os demónios tinham saído implorava para continuar com ele, mas ele mandou o homem embora, dizendo:+ 39  “Volta para casa e continua a falar sobre o que Deus fez por ti.” Assim, ele foi-se embora, proclamando em toda a cidade o que Jesus tinha feito por ele. 40  Quando Jesus voltou, a multidão recebeu-o bondosamente, pois todos o esperavam.+ 41  Chegou então um homem chamado Jairo; este homem era presidente da sinagoga. E ele prostrou-se aos pés de Jesus e começou a suplicar-lhe que fosse à sua casa,+ 42  porque a sua única filha, que tinha cerca de 12 anos, estava a morrer. Enquanto Jesus ia a caminho, as multidões apertavam-se à volta dele. 43  Havia uma mulher que já por 12 anos sofria de um fluxo de sangue+ e ninguém a tinha conseguido curar.+ 44  Ela aproximou-se dele por trás e tocou na borda* da sua roupa,+ e o fluxo de sangue parou imediatamente. 45  Por conseguinte, Jesus perguntou: “Quem é que me tocou?” Como todos negavam tê-lo feito, Pedro disse: “Instrutor, as multidões rodeiam-te e apertam-te.”+ 46  Mas Jesus disse: “Alguém me tocou, pois eu sei* que saiu de mim poder.”+ 47  Vendo que não tinha passado despercebida, a mulher aproximou-se trémula, prostrou-se diante dele e declarou perante todos por que motivo lhe tinha tocado e como tinha sido curada imediatamente. 48  Mas ele disse-lhe: “Filha, a tua fé fez-te ficar boa.* Vai em paz.”+ 49  Enquanto ele ainda falava, chegou um representante do presidente da sinagoga, dizendo: “A tua filha morreu. Não incomodes mais o Instrutor.”+ 50  Ouvindo isso, Jesus respondeu-lhe: “Não tenhas medo, apenas tem fé, e ela será salva.”+ 51  Quando chegou à casa, não deixou ninguém entrar com ele, a não ser Pedro, João e Tiago, e o pai e a mãe da menina. 52  Mas todos choravam e batiam no peito de pesar por ela. Por isso ele disse: “Parem de chorar,+ pois ela não morreu; está a dormir.”+ 53  Em vista disso, começaram a rir-se dele com desprezo, porque sabiam que ela tinha morrido. 54  Mas ele pegou-lhe na mão e chamou-a: “Menina, levanta-te!”*+ 55  E o espírito+ dela voltou e ela levantou-se imediatamente,+ e ele ordenou que lhe dessem algo para comer. 56  Os pais dela ficaram fora de si, mas ele ordenou-lhes que não dissessem a ninguém o que tinha acontecido.+

Notas de rodapé

Ou: “Foi-vos permitido que entendessem”.
Ou: “túmulos memoriais”.
Ou, possivelmente: “O espírito tinha-o segurado por muito tempo”.
Ou: “pela encosta íngreme”.
Ou: “tinha sido salvo”.
Ou: “extremidade; franja; borla”.
Ou: “eu percebi”.
Ou: “salvou-te”.
Ou: “acorda!”

Notas de estudo

pregar: A palavra grega traduzida como “pregar” tem o sentido básico de “proclamar como um mensageiro público”. A palavra enfatiza como a proclamação é feita: geralmente de modo público, aberto, para todos ouvirem, em vez de um simples sermão para um grupo.

pregando: Veja a nota de estudo em Mt 3:1.

Maria, que era chamada Madalena: Esta Maria, muitas vezes chamada Maria Madalena, é mencionada pela primeira vez no Evangelho de Lucas neste relato sobre o segundo ano do ministério de Jesus. O nome Madalena (que significa “de Magdala; pertencente a Magdala”) provavelmente vem do nome da cidade de Magdala e servia para diferenciá-la de outras Marias. Essa cidade ficava na margem oeste do mar da Galileia, mais ou menos a meio do caminho entre Cafarnaum e Tiberíades. Alguns sugerem que Maria nasceu em Magdala ou que morava ali. Todas as outras vezes em que Maria Madalena é mencionada na Bíblia estão ligadas à morte e ressurreição de Jesus. — Mt 27:55, 56, 61; Mr 15:40; Lu 24:10; Jo 19:25.

serve: Ou: “ministra”. O verbo grego usado aqui é diakonéo. O substantivo relacionado, diákonos (ministro; servo), refere-se a alguém que presta serviço a outros de modo humilde e perseverante. A Bíblia usa a palavra diákonos para descrever Jesus (Ro 15:8); os ministros (ou servos) de Cristo, tanto homens como mulheres (Ro 16:1; 1Co 3:5-7; Col 1:23); e os servos ministeriais (Fil 1:1; 1Ti 3:8). A palavra também é usada para se referir a servos domésticos (Jo 2:5, 9) e a autoridades do governo (Ro 13:4).

Joana: Forma feminina mais curta do nome hebraico Jeoanã, que significa “Jeová mostrou favor; Jeová foi bondoso”. Joana, uma das mulheres que foram curadas por Jesus, só é mencionada duas vezes nas Escrituras Gregas Cristãs, as duas vezes no Evangelho de Lucas. — Lu 24:10.

Cuza: Ele era encarregado, ou administrador, da casa de Herodes Antipas, o que possivelmente envolvia supervisionar assuntos domésticos.

os ajudavam: Ou: “os apoiavam; faziam provisões para eles”. A palavra grega diakonéo pode referir-se a cuidar do bem-estar de outros por obter, preparar e servir alimentos, entre outras coisas. É usada com um sentido parecido em Lu 10:40 (“cuidar das coisas”), Lu 12:37; 17:8 (‘servir’) e At 6:2 (“servir alimento”), mas também pode referir-se a qualquer outro serviço de natureza pessoal. Aqui, a palavra diakonéo é usada para descrever como as mulheres mencionadas nos versículos 2 e 3 apoiavam Jesus e os seus discípulos, ajudando-os a cumprir a designação que tinham recebido de Deus. Ao fazerem isso, aquelas mulheres davam honra a Jeová. Jeová mostrou que valorizava a bondade e a generosidade delas por fazer com que os escritores da Bíblia registassem o que elas fizeram, para que as futuras gerações pudessem ler. (Pr 19:17; He 6:10) Os textos de Mt 27:55 e Mr 15:41 também usam essa palavra para falar da ajuda que algumas mulheres davam a Jesus. — Para informações sobre o substantivo relacionado, diákonos, veja a nota de estudo em Lu 22:26.

ilustrações: Ou: “parábolas”. A palavra grega parabolé significa literalmente “colocar ao lado (junto)”, e pode referir-se a uma parábola, um provérbio ou uma comparação. Jesus, muitas vezes, explicava uma coisa por ‘colocá-la ao lado’ de algo, ou seja, por compará-la com outra coisa parecida. (Mr 4:30) As ilustrações de Jesus eram curtas, e, muitas vezes, eram histórias fictícias que ensinavam uma lição de moral ou uma verdade espiritual.

uma ilustração: Veja a nota de estudo em Mt 13:3.

solo rochoso: Jesus não estava a falar de um terreno com muitas pedras espalhadas. Ele referia-se a uma camada de rocha com pouca terra por cima para a semente brotar. O relato paralelo em Lu 8:6 menciona que as sementes “caíram sobre a rocha”. Em terrenos assim, as raízes das sementes não conseguem penetrar muito fundo no solo. Por isso, não conseguem a humidade de que precisam.

sobre a rocha: Veja a nota de estudo em Mt 13:5.

entre os espinhos: Pelos vistos, Jesus não estava a falar aqui de espinheiros crescidos, mas de ervas daninhas com espinhos que não foram removidas depois de se lavrar o solo. Quando as ervas daninhas crescessem, sufocariam as sementes que foram plantadas.

entre os espinhos: Veja a nota de estudo em Mt 13:7.

segredos sagrados: A palavra grega mystérion, que aparece aqui no plural, foi traduzida 25 vezes na Tradução do Novo Mundo como “segredo(s) sagrado(s)”. Essa expressão refere-se a detalhes do propósito de Deus que são mantidos em segredo até que ele decida torná-los conhecidos. A seguir, esses detalhes são completamente revelados, mas apenas a quem Deus escolhe dar entendimento. (Col 1:25, 26) Depois disso, são proclamados ao maior número de pessoas possível. Isso fica claro pelo uso que a Bíblia faz de expressões como “declarar”, “pregar”, “revelar”, “revelação” e “revelado” juntamente com a expressão “segredo sagrado”. (1Co 2:1; Ef 1:9; 3:3; Col 1:25, 26; 4:3) O principal “segredo sagrado de Deus” tem a ver com a identificação de Jesus como o “descendente” prometido, ou Messias. (Col 2:2; Gén 3:15) No entanto, dentro desse segredo sagrado também há muitos detalhes, incluindo o papel de Jesus no propósito de Deus. (Col 4:3) Neste versículo, Jesus mostrou que “os segredos sagrados” também estão ligados ao Reino dos céus, ou “Reino de Deus”, o governo celestial que tem Jesus como Rei. (Mr 4:11; Lu 8:10; veja a nota de estudo em Mt 3:2.) As Escrituras Gregas Cristãs usam a palavra mystérion de maneira diferente das antigas religiões místicas. Essas religiões, com frequência, baseavam-se em cultos de fertilidade, que se tornaram comuns durante o primeiro século EC. Essas religiões diziam que, por meio de rituais místicos, os seus fiéis receberiam imortalidade e revelações divinas, e iriam aproximar-se dos deuses. Os “segredos” que as pessoas aprendiam nessas religiões obviamente não se baseavam na verdade. Ao tornar-se um membro de uma religião mística, uma pessoa comprometia-se a não revelar os segredos que aprendesse, ajudando a manter o mistério sobre as suas práticas. Isso era muito diferente do que acontecia no caso dos segredos sagrados que os cristãos aprendiam e que eram declarados abertamente. Na Tradução do Novo Mundo, quando o contexto se relaciona com a religião falsa, a palavra mystérion é traduzida como “mistério”. — Para ver os três lugares em que a palavra mystérion foi traduzida como “mistério”, veja as notas de estudo em 2Te 2:7; Ap 17:5, 7.

segredos sagrados: Veja a nota de estudo em Mt 13:11.

uma lâmpada: Nos tempos bíblicos, a lâmpada que as pessoas usavam em casa era um pequeno recipiente de barro. Elas colocavam azeite dentro da lâmpada para alimentar a chama.

uma lâmpada: Veja a nota de estudo em Mt 5:15.

irmãos: Ou seja, os meios-irmãos de Jesus. O nome deles aparece em Mt 13:55 e em Mr 6:3. — Para mais informações sobre a palavra “irmão”, veja a nota de estudo em Mt 13:55.

irmãos: Veja a nota de estudo em Mt 12:46.

A minha mãe e os meus irmãos: Jesus fez aqui um contraste entre os seus irmãos de sangue e os seus irmãos espirituais, os discípulos. Pelos vistos, alguns dos meios-irmãos de Jesus não tinham fé nele. (Jo 7:5) Jesus mostrou que, por mais que amasse os membros da sua família, o amor que sentia pelos que ouvem a palavra de Deus e a praticam era ainda maior.

a outra margem: Ou seja, a margem leste do mar da Galileia.

uma violenta tempestade: Esta expressão traduz três palavras gregas que poderiam ser traduzidas literalmente como “um grande furacão de vento”. (Veja a nota de estudo em Mt 8:24.) Visto que Marcos não estava presente naquela ocasião, esta descrição da força da tempestade e outros detalhes mencionados neste relato talvez indiquem que foi Pedro quem contou a Marcos o que aconteceu. — Para mais informações sobre a contribuição de Pedro para o Evangelho de Marcos, veja a “Introdução a Marcos”.

uma violenta tempestade: Esta expressão, que em grego é formada por duas palavras, poderia ser traduzida literalmente como “um furacão de vento”. (Veja a nota de estudo em Mr 4:37.) Tempestades assim são comuns no mar da Galileia. A superfície desse lago fica cerca de 210 metros abaixo do nível do mar. O ar sobre ele é mais quente do que o ar das planícies e montes que ficam à volta. Essa diferença de temperatura causa perturbações atmosféricas e ventos fortes que, de um momento para o outro, podem levantar grandes ondas.

região dos gadarenos: Uma região na outra margem (a margem leste) do mar da Galileia. Muitas moedas da cidade de Gadara têm a imagem de um barco. Isso sugere que a região talvez se estendesse de Gadara até ao mar da Galileia, que ficava a cerca de 10 quilómetros dali. Marcos e Lucas dizem que o local onde Jesus desembarcou ficava na “região dos gerasenos”. (Veja a nota de estudo em Mr 5:1.) É possível que o local fosse considerado parte tanto da “região dos gadarenos” como da “região dos gerasenos”. — Veja “Acontecimentos no Mar da Galileia” no Mapa 3B do Apêndice A7-D e o Apêndice B10.

gerasenos: Os relatos sobre este acontecimento (Mt 8:28-34; Mr 5:1-20; Lu 8:26-39) dão nomes diferentes ao lugar onde isso se passou. Mesmo entre manuscritos muito antigos do mesmo relato há diferenças nos nomes usados. Mas, de acordo com os manuscritos mais confiáveis que estão disponíveis, Mateus usou a palavra “gadarenos” quando escreveu o seu relato, ao passo que Marcos e Lucas usaram “gerasenos”. De qualquer modo, conforme explicado na nota de estudo em região dos gerasenos neste versículo, as duas palavras foram usadas para se referirem basicamente ao mesmo lugar.

gerasenos: Os relatos sobre este acontecimento (Mt 8:28-34; Mr 5:1-20; Lu 8:26-39) dão nomes diferentes ao lugar onde isso se passou. Mesmo entre manuscritos muito antigos do mesmo relato há diferenças nos nomes usados. Mas, de acordo com os manuscritos mais confiáveis que estão disponíveis, Mateus usou a palavra “gadarenos” quando escreveu o seu relato, ao passo que Marcos e Lucas usaram “gerasenos”. De qualquer modo, conforme explicado na nota de estudo em região dos gerasenos neste versículo, as duas palavras foram usadas para se referirem basicamente ao mesmo lugar.

região dos gerasenos: Uma região no lado oposto (a margem leste) do mar da Galileia. Não se sabe ao certo os limites exatos dessa região e o local a que ela corresponderia hoje em dia. Alguns sugerem que a “região dos gerasenos” seja a região à volta de Kursi, perto das encostas íngremes que ficam na margem leste do mar da Galileia. Outros acreditam que essa região fosse maior, e começasse na cidade de Gerasa (Jerash), cerca de 55 quilómetros a sudeste, estendendo-se dali até ao mar da Galileia. O texto de Mt 8:28 usa o nome “região dos gadarenos”. (Veja as notas de estudo em Mt 8:28; Mr 5:1.) Embora os Evangelhos usem nomes de regiões diferentes para indicar o local onde Jesus desembarcou, eles referem-se basicamente à mesma área na costa leste do mar da Galileia. Esse local talvez fosse considerado parte das duas regiões. Portanto, os relatos não entram em contradição. — Veja “Acontecimentos no Mar da Galileia” no Mapa 3B do Apêndice A7-D e o Apêndice B10.

gerasenos: Veja a nota de estudo em Mr 5:1.

túmulos: Ou: “túmulos memoriais”. (Veja o Glossário.) Pelos vistos, esses túmulos eram cavernas naturais ou câmaras escavadas em rochas e, normalmente, ficavam fora das cidades. Os judeus evitavam esse tipo de lugares para que não ficassem impuros de acordo com a Lei. Por isso, pessoas loucas ou possessas gostavam desses lugares isolados.

um homem [...] possesso: Mateus (8:28) menciona dois homens, mas Marcos (5:2) e Lucas mencionam apenas um. Pelos vistos, Marcos e Lucas concentraram os seus relatos em apenas um dos homens possessos porque foi com ele que Jesus falou e porque a situação dele era mais grave. É possível que aquele homem fosse o mais violento ou estivesse a ser controlado por demónios há mais tempo. Também é possível que, depois de os dois homens terem sido curados, apenas um deles quisesse acompanhar Jesus. — Lu 8:37-39.

túmulos: Veja a nota de estudo em Mt 8:28.

O que é que queres de mim, [...]?: Ou: “O que é que eu tenho a ver contigo?” Lit.: “O que para mim e para ti?” Esta pergunta retórica é uma expressão idiomática semítica que também é usada nas Escrituras Hebraicas. (Jz 11:12, nota de rodapé; Jos 22:24; 2Sa 16:10; 19:22; 1Rs 17:18; 2Rs 3:13; 2Cr 35:21; Os 14:8) Nas Escrituras Gregas Cristãs, esta expressão semítica foi traduzida literalmente para o grego. (Mt 8:29; Mr 1:24; 5:7; Lu 4:34; 8:28; Jo 2:4) O significado dela depende do contexto. Neste versículo (Mr 5:7), é usada para expressar agressividade e rejeição, e alguns tradutores sugerem traduções como: “Deixa-me em paz!” ou “Vai-te embora!” Em outros contextos, a expressão indica apenas que a pessoa não concorda com algo ou que não se quer envolver numa determinada ação, sem nenhum tom de desprezo, arrogância ou agressividade. — Veja a nota de estudo em Jo 2:4.

carcereiros: A palavra grega basanistés, traduzida aqui como “carcereiros”, tem o sentido básico de “atormentadores; torturadores”. É provável que fosse usada para se referir a carcereiros porque muitos deles costumavam torturar cruelmente os prisioneiros. No entanto, a palavra basanistés passou a ser usada para se referir aos carcereiros em geral, pelos vistos, porque manter uma pessoa presa – com ou sem tortura – era uma forma de a atormentar. — Veja a nota de estudo em Mt 8:29.

O que é que queres de mim, [...]?: Veja a nota de estudo em Mr 5:7.

me atormentes: A expressão grega usada aqui está relacionada com uma palavra que foi traduzida em Mt 18:34 como “carcereiros”. Por isso, quando pediram a Jesus para não “os atormentar”, os demónios, pelos vistos, estavam a pedir a Jesus que não os prendesse no “abismo” mencionado em Lu 8:31. — Veja a nota de estudo em Mt 18:34.

Legião: Provavelmente, este não era o nome daquele homem, mas apenas indicava que ele estava possuído por muitos demónios. É possível que o principal daqueles demónios tenha feito o homem dizer que o nome dele era “Legião”. No primeiro século EC, uma legião do exército romano geralmente tinha cerca de 6000 homens. Isso talvez indique que o número de demónios envolvidos era muito grande. — Veja a nota de estudo em Mt 26:53.

Legião: Veja a nota de estudo em Mr 5:9.

atormentar-nos: A palavra grega usada aqui está relacionada com a palavra que foi traduzida em Mt 18:34 como “carcereiros”. Portanto, parece que, quando os demónios perguntaram se Jesus tinha ido lá para ‘os atormentar’, eles estavam a perguntar se Jesus ia prendê-los no “abismo” mencionado no relato paralelo de Lu 8:31.

o abismo: Ou: “o lugar profundo”. A palavra grega ábyssos significa “extremamente profundo” ou “insondável; ilimitado”, e refere-se a um lugar ou condição de confinamento ou prisão. É usada nove vezes nas Escrituras Gregas Cristãs: uma vez neste versículo, uma vez em Ro 10:7 e sete vezes em Apocalipse. Em Ap 20:1-3, a Bíblia mostra que Satanás será lançado no abismo e ficará preso ali durante mil anos. Pode ser que a legião de demónios estivesse a pensar nesse acontecimento futuro quando suplicou a Jesus para não a mandar “para o abismo”. No versículo 28, um dos demónios pediu a Jesus para não ‘o atormentar’. O relato paralelo em Mt 8:29 diz que os demónios perguntaram a Jesus: “Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo determinado?” Portanto, parece que o ‘tormento’ de que os demónios estavam a falar era serem aprisionados ‘no abismo’. — Veja o Glossário e a nota de estudo em Mt 8:29.

porcos: Os porcos eram animais impuros de acordo com a Lei. (Le 11:7) O relato não diz se “os que cuidavam dos porcos” (Lu 8:34) eram judeus que estavam a desobedecer à Lei ou se eram pessoas de outras nações. O que se sabe é que a carne de porco era comercializada na região de Decápolis. Muitos gregos e romanos moravam ali e consideravam a carne de porco uma iguaria.

continua a falar sobre o que Deus fez por ti: Jesus geralmente pedia às pessoas para não falarem com outros sobre os seus milagres. (Mr 1:44; 3:12; 7:36; Lu 5:14) No entanto, nesta ocasião, ele orientou o homem a contar aos seus familiares o que tinha acontecido. Talvez Jesus tenha feito isso porque já não pregaria naquela região, visto que as pessoas dali tinham pedido que ele se fosse embora. O bom testemunho daquele homem também serviria para contradizer comentários negativos que talvez surgissem por causa da morte dos porcos.

toda a cidade: O relato paralelo em Mr 5:20 diz “em Decápolis”. Assim, ao que tudo indica, a cidade mencionada aqui ficava na região de Decápolis. — Veja o Glossário, “Decápolis”.

um filho unigénito: A palavra grega monogenés foi traduzida como “unigénito; unigénita” em todas as ocorrências nas edições anteriores da Tradução do Novo Mundo. Pode ser definida como “único da sua espécie; sem igual; ímpar”. A Bíblia também usa monogenés com o sentido de “filho único”, e essa palavra pode referir-se tanto a filhos como a filhas. (Veja as notas de estudo em Lu 7:12; 8:42; 9:38.) Quando o apóstolo João usa a palavra monogenés, está sempre a referir-se a Jesus. (Jo 3:16, 18; 1Jo 4:9) No entanto, ele nunca usa essa palavra para se referir a Jesus durante a sua vida humana. Em vez disso, usa monogenés para falar da vida que Jesus tinha no céu como o Logos, ou a Palavra, aquele que “estava no princípio com Deus”, mesmo “antes de o mundo existir”. (Jo 1:1, 2; 17:5, 24) Jesus pode ser chamado “filho unigénito” porque foi, não apenas o primeiro Filho de Jeová, mas também o único criado diretamente por ele. Apesar de outras criaturas espirituais também serem chamadas “filhos do verdadeiro Deus” ou “filhos de Deus” (Gén 6:2, 4; Jó 1:6; 2:1; 38:4-7), Jeová criou-as a todas por meio de Jesus, o seu Filho primogénito. (Col 1:15, 16). Em resumo, a palavra monogenés refere-se tanto a Jesus ser “o único da sua espécie; sem igual; ímpar” como a ele ser o único filho que Jeová criou diretamente, sem a colaboração de mais ninguém. — 1Jo 5:18; veja a nota de estudo em He 11:17.

Filho unigénito: A palavra grega monogenés foi traduzida como “unigénito; unigénita” em todas as ocorrências nas edições anteriores da Tradução do Novo Mundo. Esta palavra pode ser definida como “único da sua espécie; sem igual; ímpar”. Sempre que o apóstolo João usa a palavra monogenés, está a referir-se a Jesus. (Jo 1:14; 3:18; 1Jo 4:9; veja a nota de estudo em Jo 1:14.) Apesar de outras criaturas espirituais também serem chamadas “filhos do verdadeiro Deus” ou “filhos de Deus”, Jesus é o único chamado “Filho unigénito”. (Gén 6:2, 4; Jó 1:6; 2:1; 38:4-7) Jesus é o Filho primogénito de Deus e foi o único criado diretamente pelo seu Pai. Nesse sentido, ele é ímpar, diferente de todos os outros filhos de Deus. Jeová gerou, ou criou, todos eles por meio do seu Filho primogénito. O apóstolo Paulo usou a palavra monogenés de maneira parecida quando falou de Isaque como o “único filho” de Abraão. (He 11:17) Abraão também era pai de Ismael, por meio de Agar, e teve vários filhos com Quetura. (Gén 16:15; 25:1, 2; 1Cr 1:28, 32) Mas Isaque foi o filho “único”, ou unigénito, num sentido especial; ele foi o único gerado por meio de uma promessa de Deus e o único filho de Abraão com Sara. — Gén 17:16-19.

única: A palavra grega monogenés foi traduzida como “unigénito; unigénita” em todas as ocorrências nas edições anteriores da Tradução do Novo Mundo. Pode ser definida como “único da sua espécie; sem igual; único de uma classe ou espécie; ímpar”. Aqui, refere-se a uma “filha única”, mas pode ser usada para se referir tanto a filhos como a filhas. Essa mesma palavra grega é usada para falar do filho “único” de uma viúva em Naim e de um menino a quem Jesus curou que era o filho “único” de um homem. (Lu 7:12; 9:38) A Septuaginta usa monogenés para se referir à filha de Jefté em Jz 11:34, que diz: “Ela era a sua única filha; além dela, ele não tinha nem filhos nem filhas.” Nos livros bíblicos que o apóstolo João escreveu, ele usou monogenés cinco vezes ao falar de Jesus. — Para informações sobre o significado desse termo quando usado para se referir a Jesus, veja as notas de estudo em Jo 1:14; 3:16.

fluxo de sangue: Provavelmente, uma menstruação contínua. De acordo com a Lei mosaica, esse fluxo de sangue tornava a mulher impura e, por causa disso, ela não devia tocar em ninguém. — Le 15:19-27.

fluxo de sangue: Veja a nota de estudo em Mt 9:20.

Filha: Esta é a única ocasião registada na Bíblia em que Jesus se dirigiu a uma mulher por lhe chamar “filha”. Ele talvez tenha feito isso porque a situação era constrangedora e a mulher estava ‘a tremer’. (Mr 5:33; Lu 8:47) Esta palavra carinhosa mostra que Jesus se preocupava com a mulher, e não necessariamente quer dizer que ela era jovem.

Vai em paz: Esta expressão idiomática é bastante usada nas Escrituras Gregas e nas Escrituras Hebraicas com o sentido: “Que tudo vá bem contigo.” (Lu 7:50; 8:48; Tg 2:16; veja também 1Sa 1:17; 20:42; 25:35; 29:7; 2Sa 15:9; 2Rs 5:19.) A palavra hebraica que é muitas vezes traduzida como “paz” (shalóhm) é muito abrangente. Refere-se à ausência de guerra ou conflitos (Jz 4:17; 1Sa 7:14; Ec 3:8) e também pode transmitir a ideia de saúde, segurança (veja as notas de rodapé em 1Sa 25:6; 2Cr 15:5; Jó 5:24), bem-estar (Est 10:3, segunda nota de rodapé) e amizade (Sal 41:9). A palavra grega para “paz” (eiréne) é usada nas Escrituras Gregas Cristãs com esse mesmo sentido abrangente e, além de se referir à ausência de conflitos, pode transmitir a ideia de bem-estar, salvação e harmonia.

Filha: Veja a nota de estudo em Mr 5:34.

Vai em paz: Veja a nota de estudo em Mr 5:34.

não morreu; ela está a dormir: A Bíblia, muitas vezes, compara a morte com o sono. (Sal 13:3; Jo 11:11-14; At 7:60; 1Co 7:39; 15:51; 1Te 4:13) Jesus estava prestes a ressuscitar a menina. Por isso, ele talvez tenha dito que ela estava a dormir porque ia mostrar que, assim como as pessoas que estão a dormir podem ser acordadas, os mortos podem ser ressuscitados. O poder que Jesus tinha para ressuscitar a menina veio do seu Pai, “aquele que dá vida aos mortos e fala das coisas que não existem como se existissem”. — Ro 4:17.

não morreu; está a dormir: Veja a nota de estudo em Mr 5:39.

entregou o seu espírito: Ou: “expirou; deu o seu último suspiro; parou de respirar”. A palavra “espírito” (em grego, pneúma) pode ser entendida aqui como se referindo ao “fôlego” ou à “força de vida”. O relato paralelo de Mr 15:37 apoia isso, porque usa o verbo grego ekpnéo (lit.: “expirar; soltar o ar”), que foi traduzido como “morreu” ou, conforme a nota de estudo, “deu o seu último suspiro”. Alguns sugerem que o uso da palavra grega traduzida como “entregou” significa que Jesus decidiu parar de lutar pela vida, visto que tudo já estava “consumado”, ou terminado. (Jo 19:30) Ele voluntariamente “derramou a sua vida até à morte”. — Is 53:12; Jo 10:11.

o espírito: Ou: “a força de vida; o fôlego”. Neste contexto, a palavra grega pneúma provavelmente refere-se à força que mantém vivas todas as criaturas terrestres, ou simplesmente ao fôlego. — Veja a nota de estudo em Mt 27:50.

Multimédia

Suporte para lâmpada
Suporte para lâmpada

O suporte para lâmpada mostrado aqui (1) foi desenhado com base em peças do primeiro século EC, encontradas em Éfeso e em Itália. Esse tipo de suporte provavelmente era usado em casas de pessoas ricas. Em casas mais pobres, a lâmpada ficava numa abertura na parede (2), era pendurada no teto ou era colocada em cima de um suporte simples de barro ou madeira.

Barco de pesca do primeiro século EC
Barco de pesca do primeiro século EC

Este desenho baseia-se em duas fontes. A primeira são os restos de um barco de pesca do primeiro século EC que foi encontrado enterrado na lama perto de uma das margens do mar da Galileia. A segunda fonte é um mosaico encontrado numa casa do primeiro século EC, na cidade costeira de Migdal. Esse tipo de barco talvez tivesse um mastro e uma vela (ou velas), e a sua tripulação talvez fosse de cinco pessoas – quatro remadores e um timoneiro, que ficava de pé num pequeno convés na popa. O casco do barco tinha aproximadamente 1,25 metros de altura, 8 metros de comprimento e 2,5 metros de largura. Parece que podia transportar 13 homens ou mais. O quadro à direita ajuda a visualizar o tamanho do barco.

Restos de um barco de pesca da Galileia
Restos de um barco de pesca da Galileia

Uma seca nos anos de 1985 e 1986 fez com que o nível da água do mar da Galileia baixasse. Isso deixou exposta uma parte do casco de um antigo barco que estava enterrado na lama. Os restos do barco podem ser vistos num museu em Israel. Têm 8,2 metros de comprimento, 2,3 metros de largura e 1,3 metros de altura na parte mais alta. Arqueólogos dizem que o barco foi construído entre o primeiro século AEC e o primeiro século EC. Esta animação reconstrói o barco, mostrando como talvez fosse quando atravessava o mar da Galileia há cerca de 2000 anos.

Penhascos do lado leste do mar da Galileia
Penhascos do lado leste do mar da Galileia

Foi na margem leste do mar da Galileia que Jesus expulsou demónios de dois homens e mandou os demónios para uma vara de porcos.

Jesus cura uma mulher
Jesus cura uma mulher

A mulher ficou com muito medo quando viu que a sua ação não passou despercebida. A tremer, ela confessou que tinha tocado na roupa de Jesus para ser curada de uma doença que já a fazia sofrer há 12 anos. Mas Jesus não a condenou. Em vez disso, com bondade, disse-lhe: “Filha, a tua fé fez-te ficar boa. Vai em paz.” (Lu 8:48) Esse milagre aconteceu quando Jesus estava a caminho da casa de Jairo, onde realizaria mais um milagre impressionante. (Lu 8:41, 42) Estes exemplos mostram que Jesus tem poder para curar qualquer tipo de doença e que, quando ele estiver a reinar sobre a Terra, mais ninguém vai dizer: “Estou doente.” — Is 33:24.